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Número de pobres aumentou de 46,1% para 65% no reinado de Filipe Nyusi

Nos últimos 10 anos, de acordo com a Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2025-2044, aprovada, recentemente, pelo Conselho de Ministros, o número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza aumentou exponencialmente em Moçambique, ou seja, o exército de pobres foi reforçado nos dois ciclos de governação de Filipe Jacinto Nyusi.  

Duarte Sitoe

Em 2015, 46,1% da população moçambicana estava em situação de incapacidade de aquisição de bens alimentares e não alimentares com o objectivo de satisfazer as necessidades básicas.

No entanto, olhando para os dados tornados públicos pela Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2025-2044, nos últimos 10 anos, por sinal no ciclo de governação de Filipe Nyusi, o número de pobres subiu de 46,1% para 65%.

Aquele documento resume as principais linhas de orientação para o desenvolvimento do país nos próximos 20 anos e, sobretudo, transformar Moçambique num país próspero de renda média, onde todos cidadãos tenham segurança e bem-estar garantidos.

Aliás, o Executivo reconhece que Moçambique continua no rol dos países mais pobres do mundo, referindo que os eventos climáticos extremos afectaram sobremaneira a população.

“A pobreza tem afectado uma parcela significativa da população, com características demográficas e socioeconómicas distintas, devido aos vários eventos adversos que têm influenciado negativamente o País, com o destaque para os eventos climáticos como ciclones Kenneth e Idai, que afectaram significativamente a vida população, causando danos económicos e sociais avultados, conjugados com o aumento dos preços dos alimentos, choques climáticos que afectam a produção agrícola das famílias e o sector de transportes, e a situação de terrorismo no norte do País”, aponta o documento.

Para tirar Moçambique no rol dos países mais pobres do planeta, o Governo desenhou um modelo de desenvolvimento assente em sectores estratégicos, como agricultura, turismo, indústria e energia.

“O Modelo de Desenvolvimento proposto para guiar a trajectória económica, social e sustentável de Moçambique em direcção a um futuro próspero e inclusivo que abrange uma abordagem holística e estratégica, visando a transformação estrutural da economia, a diversificação dos sectores produtivos e o fortalecimento da base industrial nacional”, refere o documento, para depois apontar que a indústria poderá absorver matéria-prima local.

“Investimentos em infra-estruturas, capacitação de mão-de-obra, incentivos fiscais, facilitação do acesso a financiamento para empresas manufactureiras, especialmente para a aquisição de tecnologia e equipamentos modernos, promoção de políticas de comércio externo, que incentivem a substituição de importações e a exportação de produtos manufaturados, serão implementados para estimular a produção local, reduzir a dependência de importações e promover a diversificação da economia”.

Uma das grandes esperanças para economia moçambicana são os megaprojectos. Relativamente ao sector oil & gas, o Governo perspectiva que o mesmo poderá sustentar um crescimento econômico até 20230.

“Em termos de estrutura produtiva, a longo prazo, espera-se que os sectores primário e terciário continuem com maior contribuição no PIB. Os sectores estratégicos com potencial de crescimento e valor agregado como o agrário de alto valor agregado, agroindústria, turismo, processamento de recursos naturais de maneira sustentável e produção de bens manufacturados poderão determinar as tendências de crescimento económico, nos próximos 20 anos. Elevando as taxas de crescimento económico média anual para 10,7% com GNL e 11,6% sem GNL…”

Refira-se que, nos próximos 20 anos, quer reduzir a percentagem da população que vive abaixo da pobreza de 68,2% para 27,7%

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