No segundo trimestre do ano, o Índice de Robustez Empresarial cresceu em 1 ponto percentual e passou a fixar-se em 31%, reflectindo a média ponderada dos índices provinciais. No entanto, apesar deste crescimento, o sector privado adverte que a escassez de divisas continua a condicionar exportações.
A desaceleração da inflação média trimestral de 6,02% no I Trimestre, para 4,68% no II Trimestre; e do início do ciclo de redução das Taxas MIMO, anunciada pelo Governador do Banco de Moçambique, tendo saído de 17,25% em Janeiro para 15% em Junho, foram imprescindíveis para o aumento do Índice do Ambiente Macroeconómico e do crescimento do Índice de Robustez Empresarial.
“Estes factores resultaram no aumento do Índice do Ambiente Macroeconómico em cerca de 3 pontos percentuais, passando de 45% no primeiro trimestre, para 48% no segundo. O Índice de Robustez Empresarial cresceu em 1 ponto percentual e passou a fixar-se em 31%, reflectindo a média ponderada dos índices provinciais”, referiu o presidente da Confederação das Associações Econômicas de Moçambique.
Relativamente as exportações, Agostinho Vuma alertou que o agravamento do acesso a divisa internacional continua a impactar negativamente as transações comerciais.
“Não menos importante, e esta é a base das divergências havidas entre os pronunciamentos do Governador do Banco de Moçambique e a nossa constatação, como CTA, é o facto de, apesar da estabilidade cambial positiva que se regista e do consequente aumento das reservas internacionais líquidas para suportar importações de bens e serviços, o agravamento do acesso a divisas no mercado nacional tem sido um factor bastante negativo e que influencia nas transacções empresariais, particularmente aquelas que dependem do comércio internacional. Ou seja, apesar desta estabilidade cambial a que aplaudimos, a circulação e/ou disponibilidade de divisas está aquém do desejado, para sustentar a actividade empresarial”.
Por outro lado, Vuma revelou que a escessez de divisas condicionou o volume as importações no segundo trimestre do ano em curso.
“Só para ilustrar, a menor disponibilidade de divisas que se tem registado no nosso mercado e tem resultado na queda das exportações, tem derivado das novas medidas de restrição cambial adoptadas pelo Banco de Moçambique, que resultam em restrições no pagamento das facturas de importação pelas empresas e, consequentemente, na tendência de redução do volume de importações, como se pode provar com a queda média mensal de 2,3% de Janeiro a Fevereiro, e de 2,5% no Primeiro trimestre de 2024, em comparação com o período homólogo de 2023”.