- Muchanga namora eleitorado a partir do reduto do partido
Salomão Muchanga, Presidente do Partido Nova Democracia (ND) e cabeça-de-lista a deputado da Assembleia da República pelo círculo eleitoral da Província de Maputo, procedeu o lançamento da Campanha eleitoral rumo às eleições gerais no posto administrativo de Xinavane, distrito da Manhiça, na zona Norte da província de Maputo.
Através de passeatas pelas artérias da vila de Xinavane, no Bairro Sambo Xintlavanine, Muchanga privilegiou o contacto porta a porta, um dos métodos eleitos pelos partidos, num contexto em que a distribuição das comunidades nas zonas periféricas é dispersa.
De cânticos e júbilos, namorava a população de Xinavane, posto administrativo distrital, que também é considerado bastião desta formação política ao nível da província de Maputo, sobre a importância de escolher o seu movimento político, que neste processo eleitoral concorre apenas para a Assembleia da República e para a Assembleia Provincial de Maputo.
“A mudança começa no parlamento, votem na Nova Democracia para mudarmos o rumo deste país, estamos na posição número 14 no Boletim de votos, vote em nós e juntos vamos tirar o país da pobreza colonial, pois ninguém virá do céu para tirar este país da pobreza”, convenceu Muchanga no contacto interpessoal com os populares de Xinavane.
A ND, que configura único extraparlamentar com Congressos em dia, concorre unicamente às legislativas, por entender que os moçambicanos “ainda não tiveram a oportunidade de desfrutar de um Parlamento funcional porque parte significativa das suas competências não são exercidas. Decorre dos artigos 168 e 169 da Constituição da República que a Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos moçambicanos, o mais alto órgão legislativo na República de Moçambique, que determina as normas que regem o funcionamento do Estado e a vida económica e social através de leis e deliberações de carácter genérico. Isto equivale dizer que é neste espaço que são aprovados os instrumentos centrais que definem como somos governados pelo executivo e como somos julgados pelos Tribunais. É nestes termos que o artigo 179 atribui à Assembleia da República competência para legislar sobre as questões básicas da política interna e externa do país, ou seja, poderes amplos actualmente marginalizados”, lê-se no seu manifesto, aliás, é o único com extraparlamentar com manifesto.
De acordo com a ND, a consulta pré-eleitoral a cidadãos moçambicanos demonstrou que a maior parte dos moçambicanos não conhece os deputados que os representam na Assembleia da República e nem confia na sua capacidade para discutir os problemas do povo.
A ND é, igualmente, o único extraparlamentar que elegeu membros da Assembleia Municipal em 2023 (16 membros em Gurué); aglomerando militantes, mulheres e homens que “são rostos activos na luta pelos direitos humanos, nas artes, na media e em outros campos de luta”.