Desvende o enigma de “money game” (1)

OPINIÃO

Teodósio Camilo

Desde os primórdios da existência da moeda, o seu acesso constitui um enigma à maioria das pessoas, apenas a minoria é que realmente conhece e pode desvendar o enigma financeiro – money game, não obstante do humano sempre procurar melhorar as suas condições de vida e manifestar interesse em assuntos financeiros. Jovens e adultos, homens e mulheres disputam o “money game”. Poucos têm realmente conhecimento sobre mistério financeiro revelado, infelizmente, apenas a um punhado de pessoas, embora a fórmula do sucesso financeiro esteja ao alcance de todos – mente – requer somente a operacionalização da parte psíquica do individuo.

Diversas pessoas aspiram ser empreendedores, almejam iniciar uma jornada de negócio, concretizar sonhos, no sentido de alcançar a liberdade profissional e financeira. A questão é: por quê a minoria alcança a liberdade financeira e o vulgo morre sem pelo menos materializar seus sonhos?

Alguma vez questionou-se  por quê mesmo pessoas com formação superior na área financeira não conseguem alcançar  a liberdade financeira? Uma certa fasquia até tem salário formidável, mas vive precariamente e consome adiantado todo o seu ordenado?

Dissemelhantes são respostas a esta questão. Determinadas pessoas colocam pessimismo ao considerar que tudo tem a ver com a sorte, nepotismo, herança familiar, histórico dos antepassados, predestinação e nível académico, sendo factores determinantes para desenvolver negócio em prol da liberdade financeira.

Alguns atiram a culpa ao Governo, a saturação do mercado, existência de empreendedores com sucesso no mercado que já confiscaram o mercado e considera não haver espaço para implementar o seu negócio.

Estas percepções alicerçam a triste realidade que se vive nos países africanos. A pobreza tornou-se uma calamidade que extermina milhares de pessoas, sonhos desvanecem e são depositadas nos cemitérios. Naquela parcela, estão depositados não somente os restos mortais, mas também sonhos não concretizados, livros que nunca escritos, planos de negócios que nunca chegaram a ser implementados, vagens nunca realizadas, entre outras imaterializadas. O que se pode compreender é que muitas pessoas morrem carregadas de projectos imaterializados.

Poucos têm a bênção de morrer vazios como o leitor que tem a oportunidade de ler este artigo. Comece hoje a sua jornada. Esvazie a sua mente e implemente iniciativas e concretize seus sonhos.

Reflita em torno desta percepção.   Quando nasce uma criança nos países africanos, há um júbilo, não por que julgamos que será uma ferramenta-chave do capital humano, mas sim, por que mais um individuo para repartir a divida, pois, sabe se de antemão que a única coisa que não falha ter é a culpa de arcar com a percentagem da dívida pública. Paga-se pelo preço de produtos consumidos pelos outros. Assim, vai a vida em Moçambique.

Aplicando a visão pessimista, nascer em África, há quem advoga que é sinónimo da maldição pela mão de Deus.  Mas será que é verdade? Claro que não. Pensar desta forma, revela a fragilidade mental, atitude comportamental de um preguiçoso. Existem tantos pobres em África quanto nos outros cantos do Mundo. África, em particular, Moçambique é a Terra Prometida. Concorda!

Quando se está perante a tortura de “gatilhos mentais negativos” estas assunções negativas parecem ter lógica. Provavelmente seja o caso do leitor deste artigo que se mostra saturado pelas tentativas de ganhar o pão de cada dia e parece impossível pensar em alcançar a liberdade financeira.

Assim, o homem deve saber que viver na terra implica compreender a dualidade dos factores opostos, os contrastes e as antíteses. É assim que a leis da natureza mandam. Não espere nada proveniente de ninguém sem esforço, demonstre a sua contribuição, deixe a sua marca no universo para que seja lembrado, agregue valor na sua vida e na dos outros. Continua

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