Mais de dois milhões de pessoas em risco de insegurança alimentar nas zonas Sul e Centro

DESTAQUE SOCIEDADE

De acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Riscos de Desastres (INGD), cerca de 2,4 milhões de pessoas estão em risco de insegurança alimentar nas regiões Sul e Centro entre Outubro de 2024 e Março de 2025.

Falando à margem do seminário   de harmonização dos procedimentos para o registo dos beneficiários no contexto dos efeitos do fenómeno El Niño, o director da Divisão de Salvaguarda Social e Ambiental, no Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Adelto Chambela, explicou que esta situação deve-se ao fenômeno El-Niño.

Moçambique na lista dos países com foco de fome

Em Junho do ano em curso, o Programa Mundial Alimentar (PAM) e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) colocaram Moçambique na lista dos países com foco de fome.

Segundo as agências humanitárias das Nações Unidas, que copilaram o relatório “Focos de fome: Alertas precoces da FAO-PAM sobre insegurança alimentar aguda – Perspectivas de Junho a Outubro de 2024”, desde a edição de Outubro de 2023, Moçambique, a República Centro-Africana, o Líbano, Myanmar, a Nigéria, a Serra Leoa e a Zâmbia foram acrescentados à lista de focos de fome.

O Programa Mundial Alimentar (PAM) e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apontam para a violência, concretamente o terrorismo na província de Cabo Delgado, e fenómenos meteorológicos extremos como causas da insegurança alimentar em Moçambique.

A FAO e PAM acrescentam, por outro lado, a violência origina “deslocações generalizadas, a destruição dos sistemas alimentares e a redução do acesso humanitário são susceptíveis de agravar a disponibilidade e o acesso aos alimentos” nos países com foco de fome

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