União Europeia e sociedade civil destacam aspectos positivos no processo eleitoral

DESTAQUE POLÍTICA SOCIEDADE

Os observadores da União Europeia e os observadores da sociedade civil, nomeadamente, Sala da Paz e Consórcio Mais Integridade, deram uma nota positiva ao arranque do processo eleitoral em curso. No entanto, apesar dos aspectos positivos, os observadores da UE e sociedade civil destacaram alguns desafios, tendo destacado o atraso na abertura de mesas e ausência de alguns partidos nos boletins de voto.

Para a União Europeia, as primeiras horas do processo eleitoral em todo território nacional foram ordeiras nao obstante alguns problemas enfrentados pelos MMVs no manuseamento do material eleitoral

A chefe da missão da UE no corrente processo eleitoral revelou que equipas que estão no terreno constaram que o grosso das mesas de voto abriu no horário estabelecido pela Comissão Nacional de Eleições, sendo que houve igualmente atrasos em alguns pontos do país.

“As nossas equipas enviaram os formulários de 74 mesas de voto e a nossa equipa central esteve a analisar estes formulários. Com estes resultados, a Missão observou que a maior parte das mesas de voto abriram a horas ou com algum atraso por ausência de material ou alguma falta de organização de mesas” disse Laura Ballarin.

Relativamente ao processo em curso, a Sala da Paz, uma plataforma da sociedade civil, houve morosidade nas filas e desorganização por parte dos membros das mesas de voto, destacando ainda que alguns eleitores tentaram reservar espaço para eleitores ausentes.

Outro aspecto que mereceu atenção da Sala da Paz foi a troca de posição do PODEMOS nos boletins de voto. A título de exemplo, em Nampula o partido que suporta a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane devia estar na posição, mas em Cabo Delgado apareceu na posição 16.

Se por um lado, o Consórcio Mais Integridade na sua observação sobre o encerramento das urnas constatou que “60% das mesas observadas fecharam pontualmente às 18H00, enquanto nas restantes o processo de votação teve que continuar devido à existência de uma média de 15 a 25 eleitores nas filas por votar. As províncias que tinham mais eleitores na fila à espera de votar depois das 18H00 foram Gaza, Nampula, Manica e Maputo Província”.

Por outro, observou que “na grande maioria das mesas onde ainda havia fila às 18H00, os eleitores puderam votar, mas nas restantes, principalmente em Nampula, Gaza e Niassa não lhes foi dado esse direito. Por exemplo, na EPC de Muchenga, em Lichinga, em uma das mesas que não fechou à hora, o Presidente não permitiu que eleitores na fila votassem porque alegadamente tinham chegado depois das 18 horas”.

No que respeita à contagem dos votos, o consórcio formado por organizações da sociedade civil denunciou expulsões e detenções arbitrárias perpetradas por membros da mesa de voto e agentes da Polícia da República de Moçambique, respectivamente.

“ Em 82% das mesas reportadas, os observadores e delegados de candidatura puderam acompanhar o fecho da mesa. As principais razões de impedimento nas restantes mesas foram as seguintes, conforme os locais: Numa mesa do Campo do Benfica, em Quelimane, Zambézia, alguém não identificado do STAE deu ordens ao  Presidente de mesa para expulsar os observadores do Mais Integridade; na EPC Josina Machel, Cidade de Tete, uma observadora foi durante o período da tarde intimidada por agentes do STAE que alegavam que ela seria sequestrada porque era observadora do Mais Integridade, que mancha a imagem e o trabalho do STAE; na EPC Shandica, em Mandimba, Niassa, 2 jovens delegados de lista do PODEMOS foram detidos pela Polícia para não presenciarem o fecho e início da contagem”

Facebook Comments

Tagged

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *