Abstenção foi o “candidato” mais votado nas Eleições Gerais

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De acordo com dados do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, foram inscritos em todo território nacional cerca de 17 milhões de eleitores. No entanto, no dia da votação apenas oito milhões eleitores foram às urnas, ou seja, a abstenção foi o “candidato” mais votado no pleito eleitoral em curso, tendo amealhado nove milhões de votos.

Já é dado adquirido que não são todos os moçambicanos que se recensearam que se fizeram as urnas nos dias 09 e 12 de Outubro em curso. Do universo de 17 milhões de eleitores, só oito milhões exerceram o seu direito de voto.

A título de exemplo, na província de Nampula, por sinal o maior círculo eleitoral do país, lidera de forma isolada o mapa das abstenções. Na apelida capital da zona norte, mais de dois milhões de eleitores não exerceram o seu direito de voto, sendo que 52 mil foram às urnas, mas não escolheram nenhum dos quatros candidatos, ou seja, votaram em branco

A província de Zambézia, o segundo maior círculo eleitoral do país, viu cerca de dois milhões de eleitores  a ficarem casa ao invés de ir votar, sendo que 45 mil preferiram votar em branco

Na Cidade de Maputo foram, segundo o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, inscritos 676.757 eleitores, porém, não mais que 426.359 é que se fizeram às urnas para eleger o próximo inquilino da Ponta Vermelha e os deputados da Assembleia da República. Na província de Maputo, o número de abstenções superou a fasquia dos 500 mil eleitores.

Em Niassa, o STAE inscreveu 1 128 189 eleitores. Contudo apenas 50,47% (569.444) desses eleitores é que votaram.

Ainda na zona norte, concretamente na província de Cabo Delgado, do universo de 1.406.819 eleitores inscritos somente 478,038 é que exerceram o seu direito de voto o que, de certa forma, significa que o nível de abstenções situou-se nos 66,02% (928.781 eleitores).

Olhando para o número de abstenções em todo território nacional, não restam dúvidas de que se a abstenção fosse um candidato presidencial ou partido concorrente nas eleições legislativas e das assembleias provinciais teria vencido o pleito eleitoral com uma vantagem confortável em relação aos seus rivais.

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