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Albano Carige tece duras críticas contra Filipe Nyusi e Conselho Constitucional

O presidente do Município da Beira, Albano Carige, criticou a actuação do Presidente da República, Filipe Nyusi e da Presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro para fazer face as manifestações convocadas pelo Venâncio e Mondlane e consequentemente a reposição da verdade eleitoral de 09 de Outubro. Para o edil não seriam os encontros promovidos pelos presidentes supracitados com académicos, professores, para buscar caminhos de pacificar Moçambique, pois os resultados são “invisíveis”.

Aliás, para o Carige se o PR realmente estiver interessado pode, sim, entrar em contacto com o candidato presidencial, Venâncio Mondlane, virtualmente.

“Estamos neste momento a apresentar a nossa inquietação. Temos visto o Presidente da República a ter reuniões com muitos extractos deste país, reuniões que sempre diz que está a procura de solução para criar estabilidade tomando em consideração que o país atravessa. O que nos faz não calar é o seguinte: o Presidente da República tem apenas 30 dias estamos a falar de até dia 15 de Janeiro. Ele deixa de ser Presidente da República, mas no entanto existem estas todas estas demarchas que no final do dia não estamos a ver o seu resultado”, lamentou Carige.

O mais indignante para Albano Carige, é o facto do Presidente da República no seu relatório de 07 de Agosto sobre o estado da nação ter afirmado que fez de tudo até para alcançar a paz dos moçambicanos até perigar sua vida nas matas de Gorongosa mas, hoje, não consegue entrar em contacto com Venâncio Mondlane para devolução da paz no país. Portanto é na concepção do edil que o Nyusi está empreender ocupações para alegar que fez de tudo enquanto presidente, mas não, o que está fazer é “brincar com os moçambicanos”.

“A pessoa que dizia que fez tudo para trazer a paz foi até ao sítio que tinha muito perigo que era Gorongosa, mas, hoje, não consegue chamar um pequeno técnico para entrar em contacto com Venâncio Mondlane porquue primeira reunião dos quatro candidatos não foi possível porque um deles faltava. O que o Presidente da República está a fazer com estes todos estes extractos que ele está a reunir com eles. Eu acho que ele está a brincar com os moçambicanos, a gerir os 30 dias para deixar o país e dizer que fez alguma coisa (…) Senhor Presidente da República o que é a que está fazer?” questionou.

Criticou também a tamanha preocupação com morte das forças policiais em detrimento do povo, alertando para possíveis impactos na corporação.

“Muitas vezes quando sai nas entrevistas preocupa-se com a morte dos polícias e não se preocupa com a morte dos civis. Este policia para ser polícia sai do civil. Se não preocupa com civil significa que o número de polícia para sustentar aqueles que vão para reserva não vai existir. Queria apelar que para além de se preocupar com a polícia, se preocupa também com aqueles todos civis que estão tendo mortes macabras”, criticou.

“O CC está a massear a mente dos líderes políticos para anunciar o que preparou”

Depois de duras críticas contra Nyusi, debruçou negativamente a actuação da Presidente do Conselho Constitucional Ribeiro. Para o edil da Beira, é espantosa a forma como o Conselho Constitucional busca mecanismos para validar as eleições, quer dizer, é insólita.

Temos também vistos todos os dias pela primeira vez em Moçambique está acontecer um cenário em que a veneranda juíza presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, chama um arguido ou um autor de um processo para lhe dizer que este processo vou resolver assim e tal, nunca se viu isto” sublinhou.

Para Albano Carige, não há sombras de dúvidas que os encontros promovidos pela Lúcia Ribeiro com os candidatos presidências tem vista ludibriar o subconsciente dos lideres políticos para facilmente absorver de animo leve os resultados finais previstos para dia 23 de Dezembro e, advertiu uma tomada de decisão consciente para não testar a fúria dos moçambicanos para além de colapsar o país.

“Para os não atentos acham que alguma coisa ela está a fazer, para os atentos quero dizer que a veneranda juíza presidente está a massear as mentes dos líderes políticos para no dia 23 anunciar o que ela já preparou. Mas lembrem-se que a senhora está com uma bomba nas mãos para dia 23 se continuar a utilizar este seu termómetro que está a medir a temperatura das cabeças dos líderes políticos não a temperatura real dos Moçambicanos, esta bomba vai explodir e se explodir, a guerra em Moçambique vai ter um nome da Veneranda juíza presidente Lúcia do CC”, referiu.

Mas há uma chance de evitar o pior de acordo com Carige: “A senhora tem uma chance de trazer a estabilidade, de trazer a paz. A paz passa necessariamente de não considerar que o exercício de distrair a mente dos moçambicanos porque pensamos nós que qualquer dia este processo mal gerido, dia 23, Moçambique não será o mesmo”.

Por outro lado, o presidente do Município da Beira, da saída desta crise pós-eleitoral sugeriu a recontagem dos votos e que ao mesmo tempo vai permitir compreender todas anomalias e posteriormente a responsabilização dos implicados ou caso não, a própria anulação das eleições.

“A veneranda juíza tem que ter coragem. Passa necessariamente a trazer a recontagem dos votos porque é fácil de descobrir o que aconteceu e quem criou está situação que está a trazer grande discrepância de números. É preciso responsabilizar o actor destas consequências todas. Se a recontagem eleitoral não trazer solução eleitoral, logo faz-se a anulamento processo eleitoral”, sugeriu.

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