Todos os funcionários directamente contratados pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) serão colocados em licença administrativa a partir da sexta-feira, 07 de Fevereiro, incluindo os destacados no exterior. Segundo um comunicado oficial, apenas o pessoal considerado essencial será mantido em funções.
A informação foi tornada pública através de uma nota publicada no portal da USAID, que voltou a estar online depois de ter ficado offline na semana passada. “A partir de sexta-feira, todo o pessoal contratado directamente será colocado em licença administrativa, com excepção de quem desempenha funções críticas ou de liderança”, refere o comunicado.
Para os funcionários no exterior, a agência está a organizar o regresso aos Estados Unidos no prazo de 30 dias. “A Agência organizará e pagará as viagens de regresso para todos os funcionários e suas famílias”, explica o comunicado, destacando que os contractos não essenciais serão rescindidos.
A USAID foi criada em 1961 pelo presidente John F. Kennedy para coordenar a ajuda internacional dos Estados Unidos em projectos de desenvolvimento e assistência humanitária. Desde então, tornou-se uma das maiores agências de desenvolvimento do mundo, desempenhando um papel fundamental em países afectados por conflitos e crises humanitárias.
De acordo com informações da CNN, vários funcionários já foram dispensados ou despedidos. Muitos receberam instruções para não se apresentarem na sede da agência em Washington.
O secretário de Estado, Marco Rubio, confirmou que será o administrador interino da USAID, consolidando a gestão da agência humanitária sob o Departamento de Estado. “Estamos a garantir que a ajuda internacional seja administrada de forma mais directa e eficiente pelo Departamento de Estado”, afirmou Rubio.
Actualmente, a USAID conta com cerca de 10 mil funcionários, dois terços dos quais estão destacados no exterior. Nos últimos dias, dezenas de altos funcionários já foram colocados em licença, marcando uma nova fase de mudanças profundas na agência. (Luisa Muhambe)