Perdeu a vida na quinta-feira, 16 de Dezembro, Sérgio Viera, um dos históricos membros da Frelimo, antigo ministro e Governador do Banco Moçambique, vítima de doença prolongada numa clínica privada na África do Sul.
Desde a tenra idade, Sérgio Vieira assumiu-se como um nacionalista moçambicano, tendo se destacado nas actividades consideradas como perturbadoras pelo regime colonial português, tendo por isso sido perseguido pela PIDE.
Nascido em Maio de 1941, na província de Tete, Viera foi um dos membros fundadores da Frente de Libertação de Moçambique. O nacionalista ingressou numa instituição de ensino superior em Portugal para fazer o curso de Direito, mas não foi além do segundo ano.
Na década em que Moçambique conquistou a independência nacional, ou seja, entre 1970 e 1975, Sergio Viera era representante da Frelimo na Argélia. Aliás, antes da independência Viera ainda desempenhou a função de secretário da Presidência nas direções de Eduardo Mondlane, entre 1967 e 1969, e de Samora entre 1970 e 1975.
Depois da proclamação da independência, o finado regresso a terra natal, tendo ocupado vários cargos com destaque para Governador do Banco de Moçambique (1978-1981); ministro da Segurança (1984-1987), ministro da Agricultura (1981-1983); e vice-ministro da Defesa (1983-1984).