O vice – ministro da Economia e Finanças, Amílcar Tivane, desafiou, na quarta-feira, 03 de Julho, as seguradoras que operam no país a criarem produtos para a população de baixa renda. Por outro lado, Tivane revelou que em 2023 o sector movimentou mais de 21,4 mil milhões de meticais.
Foi à margem da abertura da II Conferência Anual de Seguros, que decorreu sob o lema “seguros em tempos de mudanças”, que o vice – ministro da Economia e Finanças lançou o repto para as seguradoras visando incluir a população de baixa renda no sector de seguros.
“Há necessidade de criar produtos e serviços destinados a populações de baixa renda. O desafio que o sector de seguro enfrenta é, se calhar, optimizar o advento das tecnologias de informação e comunicação para melhorar o acesso aos segmentos populacionais que estão em regiões mais recônditas, mais que contribuem grandemente para o produto interno bruto do país”, disse Amílcar Tivane para depois revelar que no ano passado o sector movimentou 21,4 mil milhões de meticais, ou seja, teve um crescimento de 2%.
Na qualidade de presidente do Conselho Directivo da Associação Moçambicana de Seguros, Rúben Chivale, para além de reconhecer que as sanções contra as operadoras são sinais de novos tempos, mostrou-se confiante no que diz respeito a melhorias no sector, antevendo, por isso, um futuro promissor.
“Estamos, neste momento, a trabalhar na base de dados que vai ajudar na monitoria de riscos. E estamos a trabalhar no qualificador de carreiras profissionais e a tabela salarial de referência. Este qualificador de carreira estará pronto já em Setembro. Vamos fazer, também, um estudo de mercado de seguros que vai, pela primeira vez, avaliar o contexto macroeconómico e os indicadores com impacto para actividade seguradora em Moçambique. Será apresentado em Outubro”, declarou Chivale
De referir que o país conta actualmente, com 19 seguradoras, três microsseguradoras, oito entidades gestoras de fundos de pensões, 158 correctoras e 31 agentes.