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Profissionais de Saúde ameaçam retomar a greve em caso do Governo não honrar com os seus compromissos

A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) ameaça retomar a greve suspensa em Maio do corrente ano em caso do Governo não honrar com os seus compromissos. A APSUSM, na voz do seu presidente, Anselmo Muchave, alertou que o Sistema Nacional de Saúde caminha a passos largos do abismo devido à falta de medicamentos.

A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) justifica que, mesmo com a falta do compromisso do Governo, decidiu suspender a greve devido as mortes que estavam a ser registados nas unidades sanitárias de Rovuma ao Maputo.

No entanto, aquela agremiação presidida por Anselmo Muchave ameaça retomar a greve em caso do Executivo não melhorar as condições nas diversas unidades sanitárias e, sobretudo, devolver os salários que foram cortados aos membros da agremiação.

“Sim, estamos a considerar retomar a greve caso o Governo, dentro desta semana, não responda positivamente com a devolução de todos os salários. A greve é legal. Não sabemos porque é que o Governo está a cortar o salário das pessoas e com que base, mas estamos a ter estes cortes”, disse Anselmo Muchava citado pela DW.

O Ministério de Saúde jura de pês juntos não há escassez medicamentos no Sistema Nacional de Saúde. Contudo, quando os utentes se deslocam as farmácias públicas não conseguem adquirir fármacos para tratar doenças comuns como a malária. Relativamente a esta situação, Muchave acusa o Governo de não se interessar com o sofrimento dos moçambicanos nas unidades sanitárias.

“A Desorganização e a corrupção aliada à falta de comprometimento e de entrega (de medicamentos) da parte do Governo que não se interessa pelas unidades sanitárias, porque eles vão ter tratamentos fora do país”, declarou o presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique para posteriormente alertar que as pessoas vão continuar a morrer por falta de medicamentos.

“As nossas unidades sanitárias em Moçambique são precárias. Falando das grandes unidades sanitárias, dos hospitais centrais provinciais, ressentem-se da falta de medicamentos. Imagine se o hospital central, que é o mais grande do país, não tem medicamentos, os centros de saúde e postos de saúde nas localidades estão em péssimas condições de internamento, alimentação para os pacientes e medicamentos. O Governo pode dizer “vamos trabalhar paulatinamente para resolver a questão dos medicamentos”. Mas a doença não se adia. Enquanto o Governo não disponibiliza o medicamento necessário, as pessoas não vão parar de morrer por falta de medicamentos”.

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