A Organização para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) tornou público, na terça- feira, 17 de Dezembro, que desembolsou para apoiar a resposta humanitária rápida ao efeito do ciclone Chido em Moçambique.
A OCHA justifica que atribuiu 4 milhões de dólares a Moçambique pelo facto das reservas limitadas de produtos estarem neste momento a dificultar a resposta às mais de 174 mil pessoas que, Instituto Nacional de Desastres Naturais (INGD), foram afectadas pelo Ciclone Chido.
Entretanto, as Nações Unidas apontam que cerca de 190 mil pessoas precisam de assistência urgente, antevendo que este número poderá aumentar nos próximos dias, sobretudo, na província de Cabo Delgado, por sinal a mais afectada.
“Além da fragilidade provocada por anos de conflito, do deslocamento forçado e das dificuldades econômicas que abalam as comunidades muitas famílias na região, o ciclone Chido trouxe à tona novas situações afetando o pouco que várias pessoas conseguiram reconstruir”, refere a ONU
Dados da UNICEF apontam que 90 mil crianças foram afectadas em Cabo Delgado, por isso, considera serem necessários 10 milhões de dólares para responder às múltiplas emergências causadas pelo ciclone Chido.
Por outro lado, aquela organização das Nações Unidas alerta sobre possíveis deslocações em grande escala, apontado que o Cicone Chiso destruiu 20 centros de saúde e 186 salas de aulas.
“Moçambique é considerado um dos países mais afectados no mundo pelas mudanças climáticas e as crianças já estavam a passar por várias emergências com risco de vida antes do Ciclone Chido, incluindo conflitos, secas e surtos de doenças,” sublinhou a representante da UNICEF em Moçambique, Mary Louise Eagleton.
Para além da Organização para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, World Vision Moçambique que vai prestar assistência a 75 mil pessoas, com um apoio estimado em 1,2 milhão de dólares com vista a viabilizar intervenções multifacetadas nos sectores de alimentação, abrigo, água, saneamento e higiene, e proteção.