A Fundação Mo Ibrahim colocou Moçambique na lista dos países que se destacaram pela negativa no ano eleitoral de 2024 no continente africano. Aquela prestigiada organização, refere que o país presidido por Filipe Nyusi excluiu a vontade do povo nos pleitos eleitorais
O relatório da Fundação Mo Ibrahim, divulgado na quinta-feira, 19 de Dezembro, destacou a fragilidade do processo político em Moçambique, dai que a par da Tunísia são os países que se destacam pela negativa no continente africano.
Olhando para o caso de Moçambique, para além da fragilidade do processo político, aquela prestigiada organização refere que nos processos eleitorais os órgãos de administração eleitoral excluem a vontade de povo,
Aliás, a Fundação Mo Ibrahim traz à baila o processo eleitoral em curso, referindo que a eleição de Daniel Chapo é para “muitos moçambicanos como uma continuação do domínio de quase meio século do partido no poder”.
“A oposição contestou o resultado das eleições, considerando-o fraudulento, uma afirmação corroborada pelos observadores eleitorais da União Europeia (…) Com a agitação e contestação que se seguiram à votação de outubro, o enfraquecimento da sociedade civil pode estar relacionado com a desconfiança no processo eleitoral ”, lê-se no relatório.
O documento tornado publico na quinta-feira, 19 Dezembro, faz igualmente menção a Guine Bissau, outro país lusófono, referido que indicadores como o Pluralismo Político e o Espaço da Sociedade Civil diminuíram, o que aponta para uma diminuição do espaço de participação.