O antigo ministro das Finanças, Manuel Chang, considerado o máster mind das dívidas ocultas, foi condenado pela justiça norte – americana a oito anos de prisão por envolvimento naquele que é até aqui o maior escândalo de corrupção da história de Moçambique. Chang será libertado depois de dois e meio pelo facto de ter ficado seis anos enquanto aguardava pelo julgamento, contudo depois será deportado para Moçambique.
A pena de oito anos deriva do facto do júri em em Brooklyn, Nova Iorque, ter concluído, depois de quatro semanas de julgamento, que Manuel Chang cometeu crimes de fraude electrónica e conspiração para lavagem de dinheiro na contratação das dívidas ocultas.
Na hora de proferir a sentença, juiz federal Nicholas Garaufis recomendou que Chang fosse restituído a liberdade após cumprir dois anos e meio de pena, ou seja, 30 meses, por ter ficado seis anos enquanto aguardava pelo julgamento. Entretanto, depois de cumprir pena nos Estados Unidos da América será deportado para Moçambique.
De lembrar que a Procuradoria – Geral da República (PGR vincou no ano passado a única jurisdição para julgar Manuel Chang é a Jurisdição Moçambicana, visto que este, na qualidade de ministro das Finanças, lesou o Estado.
“Reiteramos que a única jurisdição para julgar Manuel Chang é a Jurisdição Moçambicana, por ter sido nesta onde ocorreram os factos, o lesado é o Estado e povo moçambicano e há necessidade de ressarcí-los pelos prejuízos causados. Outrossim, continuaremos com os processos instaurados contra Manuel Chang até ao seu desfecho, lançando mão a todos mecanismos de responsabilização disponíveis, tendo em conta que contra o mesmo corre termos um processo- crime onde foi deduzida acusação pelo Ministério Público e proferida a pronúncia pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo”, referiu a PGR.