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O Presidente da República, Daniel Chapo, recebeu, na segunda-feira, 19 de Maio, em Maputo, a sua homóloga namibiana, Nandi – Ndaitwan, que escalou o País no âmbito de uma visita de trabalho. Depois do encontro que teve lugar na Presidência da República, os dois Estadistas reafirmaram o compromisso de fortalecer as relações bilaterais entre as duas nações da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, tendo na ocasião destacado a intensificação da cooperação económica.
Desde que tomou posse como Chefe de Estado no dia 15 de Janeiro, para além do compromisso de resolver os problemas que inquietam sobremaneira os moçambicanos, Daniel Chapo tem apostado no fortalecimento da diplomacia externa.
Foi no âmbito do fortalecimento das relações com os países amigos que o Presidente da República manteve um encontro com a sua homóloga namibiana, Nandi – Ndaitwan. Depois do encontro e, sobretudo, conversações oficiais entre as delegações entre as duas nações, Chapo nao escondeu a satisfação pela visita da Estadista Namibiana a Moçambique, sublinhando os laços históricos que unem os dois países.
“Reconhecemos o povo irmão da Namíbia pelas excelentes relações mantidas ao longo de 35 anos de independência daquele país e 50 anos da nossa independência, que serão assinalados no próximo mês de Junho”, declarou o Chefe do Estado para posteriormente defender que, embora os laços políticos e diplomáticos sejam excelentes, é fundamental intensificar a diplomacia económica.
“Chegámos à conclusão que é importante formar uma comissão económica conjunta dos dois países, que vai fazer essa avaliação, mas também chegámos à conclusão que temos que partir para a acção. Já falamos, já escrevemos, então temos que partir para a acção”.
Ainda na sua intervenção o Presidente da República, sem revelar datas, anunciou que Moçambique e Namíbia vão organizar um fórum de negócios, evento cujo objectivo é promover encontros entre empresários dos dois países da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral o que, de certa forma, vai estimular a assinatura de memorandos de entendimento tanto no sector privado como, eventualmente, no sector público nas áreas de recursos minerais, energias renováveis, agricultura, turismo, infra- estrutura, corredores de desenvolvimento e transportes.
Segundo Daniel Chapo, através do fórum de negócios, Moçambique e Namíbia, terão planos de ação para a alcançarem o almejado desenvolvimento e, sobretudo, desenvolver os seus projectos.
Por sua turno, Nandi-Ndaitwah, que por sinal efectua a primeira visita à Moçambique no reinado de Chapo, nao tem dúvidas de que a sua estada no País é história e, igualmente, uma soberana oportunidade para se dar a conhecer como nova líder na região.
“Quero reconectar e fortalecer os laços de cooperação e colaboração entre o povo da Namíbia e o povo moçambicano”, afirmou Nandi-Ndaitwah.
Para além de recordar a solidariedade entre os dois países durante as lutas de libertação, a Presidente da Namíbia apelou a uma nova etapa no relacionamento bilateral, centrada na independência económica.
“Temos que garantir que possamos vencer esta luta económica. E está claro que a guerra económica está sendo intensificada”, alertou Nandi-Ndaitwah., defendendo uma colaboração africana mais coesa. Ambos os líderes coincidiram na importância estratégica do sector da energia.
“Não podemos industrializar um país sem energia ao gerar empregos, vamos erradicar a pobreza nos nossos países”.
Moçambique completa no próximo dia 25 de Junho do ano em curso 50 anos enquanto país independente. Para Ndaitwah, a independência de Moçambique abriu caminho para que a da nação por si liderada conseguisse se livrar do jugo colonial.
“A independência de Moçambique criou o caminho para a independência da Namíbia. Se Moçambique conseguiu, porque nós não podemos conseguir?”, questionou reforçando o simbolismo da sua visita e a determinação em aprofundar os laços de amizade e cooperação
Refira-se que ainda no âmbito da visita, a Presidente da Namíbia visitou a Central Térmica de Ciclo Combinado, em Maputo, tendo na ocasião Daniel Chapo referido que a visita permitirá à dirigente namibiana ver de perto “aquilo que nós estamos a fazer como país, com o gás, que já estamos a explorar há mais de 20 anos, na província de Inhambane, com o pipeline’ para a África do Sul, para a zona de Secunda, mas também estamos a gerar energia com várias centrais ao nível do país, como um exemplo concreto daquilo que nós podemos fazer como africanos, com os nossos recursos”.

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