O Presidente da República apelou, nas primeiras horas desta quarta-feira, 23 de Agosto, à margem da abertura do XI Festival Nacional da Cultura, aos médicos e outros profissionais de saúde para suspenderem a greve e retornarem as unidades sanitárias com vista a garantir atendimento aos pacientes. A classe médica diferiu o pedido do Chefe de Estado e tornou público que vai suspender a greve até 02 de Outubro.
Os moçambicanos já podem respirar de alívio. Depois de mais 40 dias em que o Sistema Nacional de Saúde roçou o colapso, os médicos tornaram público a suspensão da greve. A classe medica fez anúncio horas depois do Presidente da República ter apelado aos mesmos para voltarem ao “hospital, ao banco de socorros, ao laboratório, ao volante da ambulância” para tratarem dos moçambicanos que muitos precisam dos cuidados de saúde.
“Decidimos dar um voto de confiança a esta equipa recentemente criada, por isso iremos interromper a greve, a partir desta quinta-feira. Amanhã, estaremos a trabalhar e vamos aguardar até 02 de Outubro para ver se determinadas condições cruciais terão sido cumpridas até à data”, declarou Milton Tatia, presidente da Associação Médica de Moçambique (AMM).
No entanto, a greve é suspensa depois de ter sido despoletado que a mesma semeou luto e dor nas famílias moçambicanas. A título de exemplo, o Hospital Central de Maputo, por sinal a maior unidade sanitária do país, registou em 40 dias mais de 600 mortos.
O aumento exponencial de mortes, segundo dados na posse do Evidências, registou-se igualmente no Hospital Geral José Macamo, Hospital Central de Maputo e Hospital Geral de Mavalane.
Facebook Comments