Desvende o enigma de “money game” (6)

OPINIÃO

Teodósio Camilo

Real valor do dinheiro

Dissemelhanças existem, cada pessoa tem uma visão única e particular sobre questões financeiras, tanto que o que se vivencia torna-se mais forte do que o que é nos dito por outrem. Uma pessoa pode apresentar um conjunto de pontos de vista sobre como o dinheiro funciona, o que parece fútil a uma pode ter lógica noutrem. Sinão vejamos, alguém que cresceu em meio da pobreza, pensa sobre risco e recompensa de uma forma diferenciada que o filho de um rico jamais conseguiria imaginar. Algumas pessoas antes de iniciar a jornada antevê a perda, a derrota e prejuízos avultados, mas não na possibilidade de ganhar, de vencer. Estamos perante a uma pessoa de mente pobre  e pessimista.

As crenças, expectativas e previsões são diferentes, não porque um é mais inteligente que o outro ou porque tem melhores informações, o nível superior em gestão financeira, contabilidade, economia e mais. Mas sim, porque têm vidas diferentes, foram moldados por experiências diferentes, mas com o mesmo poder de influência.

As experiências transmitem informações que permitem avaliar a posição que o dinheiro ocupa na vida do homem. Um determinado dia em uma das minhas palestras, questionei ao público: o que é dinheiro? Esta questão parecia uma piada. Todos entre olharam-se. Este activo que faz o ser humano não descansar, dormir até causa guerras, por tanto ser necessários na vida do homem, ninguém se preocupa em quer saber o seu verdadeiro conceito, muito menos os seus caminhos. Por isso, a minoria que conhece o conceito e a posição que ocupa em suas vidas têm maior probabilidade de alcançar a liberdade financeira e, infelizmente, todos querem dinheiros, mas não querem arcar com o seu preço.

Não nos é lícito buscar conceitos dos economistas que além de ser longo, apresentam vocabulário que não permitem ao leitor sem literacia financeira compreender o objectivo principal desta conversa. O cerne desta abordagem é facilitar ao leitor a compreensão de aspectos relacionados com o dinheiro rumo à liberdade financeira.

Raúl (2022), na sua obra Reflexão sobre Estratégia de Inclusão Financeira em Moçambique, refere que dinheiro é um activo intangível e tangível que permite realizar operações financeiras.  A intangibilidade da moeda está relacionada com o conhecimento que alguém deve ter sobre o dinheiro, como produzir, comportamento que se deve ter sobre questões financeiras. A parte intangível é a que dinamiza o lado tangível que é o dinheiro físico palpável. Esta é a parte que recebe muitos nomes de acordo com idioma e grupos.

A licção é: dinheiro é um bom servo, mas não é um bom mestre. Esta posição conduz-nos a compreensão de que o homem não deve colocar o dinheiro na posição do seu patrão e o homem no lugar de no servo. No sentido de tornar o dinheiro seu servo, escravo, trabalhador, primeiro trabalho e conquiste e depois aplique em investimentos.

Ganhe dinheiro, organize o seu comportamento face à gestão financeira sem esquecer que o dinheiro tem poder de manipular o comportamento humano. Seja racional, poupe e depois crie investimentos sem interromper a poupança, posteriormente terá resultados extraordinários, assim, com boa gestão o dinheiro tornar-se-á seu servo e você mestre, coloque o dinheiro no calor e o dono na sombra.

Neste conceito, quando o dinheiro se tornar seu trabalhador, venceu a batalha do money game e já alcançou a liberdade financeira. Mas isto só é possível, colocando limiar no seu comportamento financeiro, viver abaixo do que produz, sem ostentação, disciplina na aquisição de bens e compre apenas o necessário o essencial. Pare de viver pelos outros.

É preciso compreender que apreciar, aproximar-se, esforçar-se e abençoar as pessoas sucedidas financeiramente, talvez seja um catalisador para se estimular em prol da liberdade financeira. A liberdade financeira não é um produto grátis sem preço, mas sim, resulta de um trabalho árdua, mudança de comportamento de consumismo, ostentação, comprar apenas no que é necessário não o fútil comprometimento a causa financeira.

Há uma correlação entre poupança e investimentos. Um indivíduo que desenvolve a cultura de poupança assim como a de investimento tem maior chances de aprimorar as estratégias reveladoras do enigma financeiro e alcançar a liberdade financeira.

A Liberdade e a independência são inestimáveis. Família e amigos são inestimáveis. A melhor maneira de manter estas coisas é adopção de uma mente direccionada ao uso racional de suas finanças, correr riscos calculáveis. Saiba quanto e quando é que se tem o suficiente para aplicar. A boa notícia é que a liberdade financeira exige colocar em risco o que é estimável, os prazeres, os apetites do uso irracional do dinheiro.

O lado difícil é: sem formatação da mente do indivíduo face ao consumismo e apetites fúteis jamais será possível ter um suficiente aos investimentos. Assim, urge a necessidade de abrir a mão, eliminar os prazeres, ou seja, “gorduras financeiros”, refere-se aos caprichos, prazeres do corpo, que devem ser sacrificados em prol da liberdade financeira.

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