A Ministra das Finanças, Carla Loveira, reconhece que o sector da saúde será o mais afectado pela suspensão do financiamento a programas de ajuda pelo Governo dos Estados Unidos da América (EUA) e reitera a disponibilidade do Governo de Moçambique de ver cada vez mais aprofundados os laços de cooperação e amizade com os EUA através de parcerias em diferentes áreas.
Loveira falava durante uma audiência que concedeu ao Embaixador dos EUA em Moçambique, Peter Vrooman, tendo frisado que o governo americano é o principal parceiro de cooperação do Sistema Nacional de Saúde no geral e do MISAU em particular através do Plano de Emergência do Presidente para o alívio do SIDA (PEPFAR),Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), respectivamente.
Na reunião a Ministra das Finanças manifestou sua preocupação em relação à suspensão temporária do financiamento a programas de ajuda por parte da administração dos EUA principalmente no combate ao HIV-SIDA através de aconselhamento, testes, tratamento de HIV e Tuberculose (TB) para adultos e crianças, prevenção da transmissão do HIV de mãe para filho, apoio psicossocial, entre outros.
Para a governante, a suspensão do apoio do governo americano a Moçambique representa um desafio significativo para o sector da saúde, afectando directamente a prestação de serviços de saúde essenciais e a sustentabilidade de programas prioritários e estratégicos.
“Com um financiamento substancial alocado à diversas áreas, desde programas até ao fortalecimento dos sistemas de saúde, a suspensão desse apoio coloca em risco a continuidade de intervenções críticas, ameaçando a vida de milhares de moçambicanos, porque até então não se sabe o que isso significa ou não se sabe até quando esta suspensão vai durar, tendo em conta que o Orçamento do Estado 2025 não prevê recursos para fazer face à suspensão do financiamento” lamentou a Ministra.
Por sua vez, Peter Vrooman garantiu a continuidade do apoio através do PFEFAR ajudando a prevenir a infecção pelo HIV-Sida, TB, prevenção da transmissão do HIV de mãe para filho pois, desde 2004 este sector tem estado a trabalhar e garantir um Moçambique saudável e próspero e vai continuar a prestar serviços de prevenção e tratamento do HIV de qualidade e centrados no paciente ou em indivíduos que enfrentam desafios no acesso aos serviços ou na permanência no tratamento e em trabalhar para eliminar essas barreiras.
“Ė Verdade sim que a USAID vai fechar as portas nos próximos meses de Julho ou Agosto, mas estes serviços mencionados aqui, por enquanto não vão parar”, garantiu o embaixador.

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