MDM condena actuação da PRM e diz que “mina o Diálogo Nacional Inclusivo”

DESTAQUE POLÍTICA
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O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), manifestou hoje (20.05), publicamente em relação a actuação violenta da Polícia da República de Moçambique (PRM) contra os seus membros e simpatizantes no último Domingo, na Vila de Gorongosa, durante as marchas pacíficas em alusão aos 60 anos de existência daquela região. Em conferência de imprensa, o presidente do MDM, Lutero Simango, afirmou que a repressão policial constitui uma clara violação da Constituição da República e do ponto número cinco da sexta cláusula do Compromisso Político, assinado em 05 de Março, que garante a liberdade de realização de actividades político-partidárias.

De acordo o presidente do partido, Lutero Simango, a actuação violenta da PRM, culminou com ferimentos graves dos seus membros e simpatizantes, para além de violar a constituição da República.

“Que fique bem claro para todas moçambicanas e moçambicanos que a actuação da polícia da República de Moçambique tem manipulação política e há violação do número 05 da sexta cláusula do compromisso político assinado no dia 05 de Março, que é sobre liberdade da realização das actividades político-partidárias. Esta actuação da polícia da República Moçambique em Gorongosa já está pôr em causa todo o processo do Diálogo Político Nacional Inclusivo, porque quando nós assinamos este compromisso político era para normalizar a situação e dizer que vamos sentar todos aqui como moçambicanos ”, disse Lutero Simango.

O líder acrescenta ainda que, o seu partido é reconhecido pelas leis moçambicanas e não precisa de pedir uma autorização para fazer a sua manifestação política e diz que “aquela marcha não tinha nada de violência, era uma marcha pacífica. E a polícia, em vez de dialogar, usou os meios repressivos, meios violentos para intimidar os membros”.

O mais preocupante e intrigante para este movimento, é o facto do partido FRELIMO organizar suas marchas pacíficas sem interferência da força policial, o que não acontece quando se trata da oposição e sociedade civil.

“Assim como vocês testemunharam que a FRELIMO organizou as brigadas centrais para dirigir as marchas nas províncias e nos distritos. Se essa teoria da polícia funciona, a pergunta é esta, por que não impediram essas marchas do Partido FRELIMO a ser encabeçada por pessoas estranhas naquelas zonas? Por isso, eu digo aqui, a actuação da polícia teve manipulação política e esta acção da polícia em Gorongosa mina a construção do campo da confiança que nós estamos a conquistar neste processo do Diálogo Político Nacional Inclusivo. É também uma demonstração da violência política, da intolerância e intimidação”, disse.

Para terminar Lutero Simango disse que o partido já iniciou procedimentos legais junto às instâncias judiciais competentes para a responsabilização criminal do comandante que deu ordens superiores aos agentes.  

“Não se pode dialogar com a pistola na cabeça. Por isso esperamos que o dito comandante que deu as ordens para reprimir da forma violenta aos membros do MDM deve ser responsabilizado criminalmente, porque se isso não acontecer, então já estamos a minar o processo do Diálogo Político Nacional Inclusivo. O partido MDM já está a fazer as dimensões necessárias junto às instâncias jurídicas para que se esclareça e se responsabiliza criminalmente o comandante que autorizou a violentar a marcha pacífica do MDM na vila de Gorongosa”, assegurou.

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