Moçambique aclamado campeão na vanguarda da luta contra a malária em Genebra

Moçambique alcançou um reconhecimento internacional significativo na área da saúde ao ser distinguido como “Campeão na Luta Contra a Malária”. A distinção foi entregue ao Ministro da Saúde de Moçambique, Hussen Isse, numa cerimónia oficial realizada no no dia 18 de Maio em curso, durante a 78ª Assembleia Mundial da Saúde, o principal fórum anual de saúde global, que se realiza em Genebra, Suíça.

Luisa Muhambe

Este reconhecimento de “Campeão” é atribuído a Moçambique em virtude dos progressos notáveis e mensuráveis alcançados pelo país na prevenção e no controlo da malária, uma doença que historicamente representa um desafio considerável para a saúde pública em Moçambique. A distinção sublinha o compromisso contínuo e os esforços concertados do Governo moçambicano em implementar estratégias eficazes para reduzir o impacto da malária na população.

As acções abrangentes e multifacetadas implementadas pelo governo para combater a malária incluem a intensificação das campanhas de pulverização intra-domiciliária, uma medida essencial para eliminar os mosquitos transmissores dentro das residências. A distribuição massiva de redes mosquiteiras impregnadas com insecticida, que fornecem protecção individual e familiar contra as picadas de mosquitos durante a noite, também desempenha um papel crucial. Além disso, o governo priorizou a melhoria dos serviços de diagnóstico e tratamento da malária, garantindo que os pacientes tenham acesso rápido e eficaz aos cuidados de saúde necessários. O reforço da vigilância epidemiológica permite o acompanhamento e a resposta oportunos aos surtos, bem como a avaliação da eficácia das intervenções em curso.

Um dos marcos determinantes na luta contra a malária em Moçambique, que contribuiu para a atribuição do prémio, é a implementação de estratégias estruturantes de combate vectorial, incluindo a introdução progressiva da vacinação contra a malária em grupos de risco. A vacinação, combinada com outras medidas preventivas, representa uma ferramenta poderosa para proteger as populações mais vulneráveis e reduzir a transmissão da doença. Estas acções coordenadas têm como objectivo principal reduzir de forma integrada as taxas de mortalidade relacionadas com a malária e limitar a transmissão da doença em áreas onde ela é endémica, contribuindo para melhorar a saúde e o bem-estar das comunidades afectadas.

Ao receber a distinção em nome de Moçambique, o Ministro da Saúde, Hussen Isse, expressou a sua gratidão e atribuiu esta conquista ao esforço colectivo e ao compromisso firme do Governo. O Ministro também destacou o papel fundamental do envolvimento activo e da colaboração das comunidades, dos profissionais de saúde dedicados, dos parceiros internacionais e das organizações da sociedade civil que diariamente se dedicam ao combate a esta doença.

Apesar de Moçambique continuar a figurar entre os países mais afectados pela malária, o país tem registado progressos consideráveis e encorajadores nos últimos anos. Estes progressos incluem reduções graduais e consistentes na taxa de mortalidade relacionada com a malária, bem como uma melhoria significativa dos indicadores de controlo da doença, demonstrando a eficácia das estratégias implementadas e o impacto positivo na saúde da população.

O reconhecimento internacional concedido a Moçambique serve como um incentivo poderoso para a continuidade e a intensificação dos esforços nacionais, bem como para o fortalecimento da cooperação internacional e da solidariedade global. A comunidade internacional é chamada a unir-se a Moçambique e a outros países afectados na luta contra a malária, com o objetivo final de erradicar esta doença e garantir que ela deixe de representar uma ameaça à saúde pública, tanto em Moçambique como em todo o mundo.

A Assembleia Mundial da Saúde, onde esta importante distinção foi entregue, é o principal órgão de decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS). Reúne anualmente representantes de todos os 194 Estados-Membros da OMS para definir as políticas globais de saúde, avaliar os progressos alcançados e propor novas estratégias de resposta aos desafios e ameaças sanitárias mais prementes a nível mundial