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Desde segunda-feira, a cidade de Maputo enfrenta uma greve parcial dos transportadores semi-colectivos de passageiros, com maior incidência nas zonas da Praça dos Combatentes, vulgarmente conhecida como “Xiquelene”, bem como em Albazine, Magoanine e Anjo Voador (baixa da cidade). Os transportadores alegam que a suspensão das actividades se deve a abusos e cobranças excessivas por parte dos agentes da Polícia Municipal e de Trânsito.
Segundo os motoristas, estas práticas reduzem drasticamente as suas receitas, tornando insustentável a continuidade da actividade. A paralisação tem afectado milhares de munícipes, que enfrentam sérias dificuldades para chegar aos seus destinos, num contexto em que a capital moçambicana continua sem soluções eficazes para o transporte urbano.
Relatos no terreno indicam que alguns grevistas têm desencorajado, com recurso à intimidação e, em certos casos, à violência, os colegas que tentam operar, sobretudo nas imediações da lixeira de Hulene. Algumas viaturas que circulavam em rotas afectadas foram alvo de actos de vandalismo.
A escassez de transporte tem impacto directo no quotidiano da cidade: alunos chegam atrasados às escolas, profissionais falham compromissos laborais e sectores essenciais, como a saúde e os serviços públicos, registam constrangimentos significativos.
Para minimizar os transtornos, alguns utentes viram-se obrigados a recorrer a alternativas como táxis, serviços como Yango e até “boleias pagas”, muitas vezes a custos elevados.
Até ao momento, as autoridades municipais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a paralisação. A população, por sua vez, clama por soluções urgentes que garantam a mobilidade e restabeleçam a normalidade na capital do país.



											
						
						
						
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