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O Banco de Moçambique alertou, recentemente, que a dívida pública interna continua a agravar-se o que, de certa forma, tem impactado negativamente o sector financeiro.
Segundo o Banco Central, actualmente, em comparação com os dados tornados públicos em Dezembro do ano passado, a dívida pública aumentou 38,8 milhões de meticais, situando-se nos 454,4 mil milhões de meticais.
“A pressão sobre o endividamento público interno continua a agravar-se, com impacto no funcionamento normal do mercado de títulos do Estado. A dívida interna, excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 454,4 mil milhões de meticais, o que representa um aumento de 38,8 mil milhões em relação a Dezembro de 2024” alerta a instituição liderada por Rogério Zandamela.
Para o semestre em curso, o Banco de Moçambique aponta para um crescimento moderado da economia nacional, sendo que para o efeito exclui os projectos de produção de Gás Natural Liquefeito.
“Perspectiva-se um crescimento económico moderado. No segundo trimestre de 2025, excluindo o GNL, o produto interno bruto (PIB) contraiu 1,7%, após 4,9% no trimestre anterior. Quando incluído o GNL, o PIB contraiu 0,9%, após 3,9% no trimestre anterior. No médio prazo, antevê-se uma recuperação gradual da actividade económica, excluindo a produção do GNL, favorecida, em parte, pelas perspectivas de implementação de projectos em áreas estratégicas”.
O Banco Central refere ainda que os riscos e incertezas associados às projecções da inflação mantêm-se elevados, tendo, por outro lado, apontado como “prováveis factores do aumento da inflação, no médio prazo, os impactos do agravamento da situação fiscal, num contexto de crescentes desafios para a mobilização de recursos financeiros para o Orçamento do Estado, dos choques climáticos e da lentidão na reposição da capacidade produtiva e da oferta de bens e serviços”
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