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A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) anunciou, esta sexta-feira (03), em Maputo, a realização da sua sessão do Conselho Nacional no próximo dia 16 de Outubro, na cidade de Nampula. A decisão foi tomada no encerramento da reunião da Comissão Política Nacional, que analisou a situação interna do partido e outros pontos de agenda.
Segundo Saíde Fidel, membro da Comissão Política, o encontro servirá para debater questões organizacionais, políticas e internas da RENAMO, incluindo a busca de soluções para os desafios enfrentados pela formação.
Saíde destacou ainda que os desmobilizados que tem contestado a liderança do seu presidente, Ossufo Momade, estarão presentes, como tem acontecido em anteriores sessões, uma vez que fazem parte da estrutura e têm direito de “expor preocupações e contribuir para os debates para encontrar soluções” dentro do partido.
Fidel aproveitou a ocasião para elogiar a liderança do presidente Ossufo Momade, afirmando que este tem conduzido a organização com “sabedoria e ponderação”, buscando soluções pacíficas e inclusivas para os problemas internos.
No mesmo contexto, e às vésperas da celebração do Acordo Geral de Paz, assinado a 04 de Outubro de 1992, o representante da Comissão Política da RENAMO afirmou que, embora Moçambique não registe actualmente confrontos armados entre a RENAMO e o governo da FRELIMO, o país ainda não vive em plena paz.
“A paz não é apenas o calar das armas. Quando falamos de raptos, sequestros e mortes que continuam a ocorrer, percebemos que ainda não há um ambiente de paz permanente”, frisou.
Relativamente ao surgimento de novas formações políticas no país, Fidel assegurou que estas não representam ameaça à RENAMO.
“Lutamos pela democracia em Moçambique e pela liberdade de expressão. Hoje existem mais de 40 partidos, resultado da luta que travámos. Por isso, o aparecimento de novas organizações políticas não nos intimida”, declarou.
De forma conclusiva, Saíde Fidel, assegurou que O Conselho Nacional da RENAMO deverá reunir centenas de membros e simpatizantes do partido, sendo apontado como um fórum central para a “tomada de decisões estratégicas rumo aos próximos desafios políticos”.
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