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Entre 19 e 22 de Setembro de 2025, a insegurança em Cabo Delgado voltou a intensificar-se, com ataques protagonizados por grupo de terroristas que resultaram em novos fluxos de deslocados internos, sobretudo nos distritos de Balama e Mocímboa da Praia, somando um total de 4.700. De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), na data supracitada, a aldeia de Monapo, no posto administrativo de Mavala, distrito de Balama, foi palco de um ataque que obrigou 2.121 pessoas a abandonarem as suas casas e a procurarem refúgio na localidade de Ntete, ainda em Balama.
Paralelamente, em Mocímboa da Praia, novos incidentes registados na mesma data, nos bairros 30 de Junho e Felipe Nyusi, levaram à fuga de 1.185 pessoas, a maioria das quais buscou segurança no distrito de Mueda.
As populações deslocadas apontam a falta de alimentos, abrigo e serviços de protecção como as necessidades mais urgentes, agravando a crise humanitária que a província enfrenta desde o início da insurgência em 2017.
A recente vaga de violência soma-se a outros deslocamentos verificados entre 7 e 11 de Setembro, também em Mocímboa da Praia, que já tinham provocado a saída de 3.271 pessoas. Destas, 1.809 foram acolhidas em Mueda, enquanto outras se espalharam por diferentes pontos da província, incluindo Montepuez, Pemba, Namialo, Nangade, Metuge, Palma e Nango.

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