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A escritora moçambicana Fernanda da Lena Hermano estreia-se na literatura infanto-juvenil com “Sonhos de Barro”, obra vencedora de um concurso nacional promovido pela Massinhane Edições em parceria com o Conselho Provincial da Juventude de Inhambane. Publicado no âmbito de um projecto regional de promoção da língua portuguesa, financiado pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), o livro será lançado ainda este mês, marcando um novo momento na carreira da autora, que também integra a antologia de contos Todas Coisas Visíveis, lançada pela Catalogus.
O lançamento oficial de Sonhos de Barro está agendado para o dia 23 deste mês. A obra resulta da selecção de Fernanda da Lena como uma das vencedoras da Chamada para Publicação de Livros Infantis, promovida pela Massinhane Edições e pelo Conselho Provincial da Juventude de Inhambane.
Financiado pelo IILP, através do Fundo de Apoio a Pequenos Projectos (FAPP) 2025, o projecto visa fortalecer o uso da língua portuguesa nas escolas moçambicanas e incentivar o gosto pela leitura entre as crianças do ensino primário.
Com uma escrita delicada, Sonhos de Barro narra a história de Melita, uma menina que descobre um martelinho dourado mágico, capaz de transformar barro em criaturas vivas e encantadas. A obra celebra o poder da imaginação infantil, a importância dos sonhos e o valor do artesanato tradicional, profundamente enraizado na cultura moçambicana.
As ilustrações são da artista Stefany Virgílio, que empresta cores vibrantes e uma estética visual inspirada em elementos culturais locais às páginas do livro.
Embora parte da tiragem de Sonhos de Barro seja distribuída gratuitamente em escolas primárias da província de Inhambane, a obra também estará disponível ao público geral pelo valor simbólico de 350 meticais, reforçando o acesso à literatura infantil de qualidade.
Sobre a autora
Fernanda da Lena, natural de Maputo, é jornalista, crítica de arte e uma das novas vozes literárias em ascensão em Moçambique. Em Abril deste ano, participou no livro colectivo Todas Coisas Visíveis, publicado pela Catalogus, e tem integrado oficinas e programas de escrita promovidos por instituições como a Catalogus, a Fundação Fernando Leite Couto e a Gala-Gala Edições.

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