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O Governo moçambicano rejeita que o terrorismo esteja a alastrar-se para outras províncias do país e garante que a situação em Cabo Delgado “está segura e controlada”. A posição foi apresentada nesta sexta-feira pelo porta-voz do governo, Inocêncio Impissa, durante o habitual briefing à imprensa.
Impissa explicou que, ao contrário do que se tem sugerido, o cenário actual demonstra uma perda de espaço por parte dos grupos terroristas, resultado das operações conjuntas das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e das forças amigas destacadas na região.
“O terrorismo estava confinado e as acções ocorriam num determinado ponto. O exercício feito pelas FDS e forças amigas tem estado a repelir efectivamente os terroristas. Eles perderam campo em Cabo Delgado, perderam espaço porque o território ficou muito mais seguro e mais controlado”, afirmou.
Segundo o porta-voz, já não existem as bases fixas que, há dois ou três anos, representavam áreas de difícil penetração para as forças militares. “Essas bases deixaram de existir porque as FDS, moçambicanas e não só, têm conseguido reposicionar-se e dispersar os terroristas”, sublinhou.
Impissa reconheceu, contudo, que a perda de terreno em Cabo Delgado está a provocar a deslocação de células terroristas para outras zonas, incluindo a província de Nampula, onde se registam ataques que têm contribuído para novos movimentos de deslocados, especialmente nos distritos de Memba e Eráti.
“O Governo tem estado a fazer esforço para dar suporte às populações. O movimento ainda está a acontecer e não é fácil determinar o número de pessoas que se deslocaram”, declarou.



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