O recente ataque dos insurgentes fez aumentar o número de deslocados em vários pontos de Cabo Delgado. O Programa Mundial de Alimentação (PAM) alerta que a crise humanitária tem se agravado a ritmo acelerado em Cabo Delgado devido à violência, tendo estimado que o recente ataque afectou cerca de cinquenta mil pessoas.
De acordo com o PAM, mais de 950.000 pessoas precisam de ajuda alimentar urgentemente no norte de Moçambique. Calcula-se que os recentes ataques na vila de Palma, na província de Cabo Delgado, tenham aumentado o número de deslocados e de pessoas em situação de insegurança alimentar
“As pessoas dispersaram-se em muitas direções diferentes desde os recentes ataques em Palma. Os sobreviventes estão traumatizados. Tiveram de fugir, deixando para trás os seus pertences e as famílias foram separadas”, afirmou a diretora nacional do programa das Nações Unidas em Moçambique, Antonella Daprile.
Por outro lado, aquela Organização Não Governamental declarou que milhares de pessoas continuam presas do Distrito de Palma e Quitanda, sendo que as Nações Unidas tem prestado apoio a essas pessoas que aguardam por um meio de transporte para ir a zonas tidas como seguras.
A agência das Nações Unidas revelou que está em vias de aumentar a sua resposta no norte de Moçambique, e que tem “planos para apoiar 750.000 deslocados internos e membros vulneráveis das comunidades locais nas províncias de Cabo Delgado, Nampula, Niassa e Zambézia”.
Refira-se que para a responder a crise humanitária na província de Cabo Delgado, o Programa Alimentar de Alimentação necessita de cerca de 82 milhões de dólares.

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