União Europeia diz que eleições foram pacíficas apesar de irregularidades

A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE UE) fez conhecer dados preliminares sobre as eleições de 09 de Outubro. A Missão diz que o processo decorreu de forma ordeira e pacifica apesar de várias irregularidades em todo o país.

O facto foi assegurado hoje (11.09), em Maputo, pela chefe da MOE UE, Laura Cereza, composta por 179 observadores de 24 Estados-Membros da UE, e do Canadá, Noruega e Suíça por todo o país, que visitaram 729 assembleias de voto em todas as províncias e em 78 distritos.

“Os órgãos eleitorais conduziram a votação de forma ordeira. As pessoas votaram calmamente e os procedimentos foram maioritariamente seguidos durante a votação e, durante a campanha, as liberdades fundamentais foram geralmente respeitadas”, afirmou.

No tocante as irregularidades, a Missão disse que houve distorção evidente das condições a favor da FRELIMO, cujo beneficiou-se das “vantagens inerentes ao poder através da utilização indevida de recursos estatais”.

Aponta ainda que a liberdade de expressão foi, de modo geral, respeitada durante todo o período da campanha, mas “a cobertura noticiosa pela rádio e pela televisão nacional foi tendenciosa a favor do partido no poder e de Daniel Chapo”.

Por outro lado apontou a desconfiança dos partidos políticos da oposição que não confiam nas instituições de gestão eleitoral com destaque para “CNE e STAE” para além de “Conselho Constitucional (CC).”

Por sua vez, Antonio López Istúriz White, chefe da delegação do Parlamento Europeu, disse que não incumbência da Missão legitimar as eleições.

“Não estamos aqui para legitimar as eleições, mas para as observar imparcialmente, por isso, aguardamos com expectativa as recomendações que a MOE UE irá propor para a melhoria do processo eleitoral e comprometemo-nos a regressar a Moçambique para avaliar se – e em que medida – elas serão implementadas”, referiu.