O terrorismo, fenómeno que assola Moçambique desde Outubro de 2017, é um mal que preocupa a comunidade internacional. Com vista a conter a onda de terrorismo no mundo, durante o Conselho de Conselho de Segurança Unidas, Moçambique mostrou-se a favor do reforço da cooperação, envolvendo vários intervenientes, tanto a nível nacional como internacional, no quadro da Carta das Nações Unidas, como medida adicional aos esforços do Conselho de Segurança da ONU.
Intervindo na reunião do Conselho de Segurança da ONU subordinada ao tema “Ameaças à Paz e Segurança Internacionais causadas por Atividades Transnacionais de Grupos Terroristas”, Pedro Comissário, Representante Permanente de Moçambique junto das Nações Unidas em Nova Iorque, foi quem defendeu a posição de Moçambique.
“Os actos de terrorismo continuam sendo uma das ameaças mais graves à paz e segurança internacionais, colocando em risco a implementação da agenda internacional de desenvolvimento sustentável. Como consequência, muitas vidas de pessoas inocentes são perdidas e as infra-estruturas económicas públicas e privadas são destruídas. Esses actos de terrorismo aumentam a situação humanitária crítica devido à insegurança alimentar que, por sua vez, agrava o impacto da pandemia de COVID-19”, referiu Comissário para depois falar do impacto negativo dos actos perpetrados pelos terroristas em muitos países, incluindo Moçambique.
O Representante Permanente de Moçambique junto das Nações Unidas em Nova Iorque, para além de adiantar que o Conselho de Segurança tem feito enormes esforços para condenar e combater o terrorismo em todas as suas manifestações, notou com grande preocupação que o Índice Global de Terrorismo de 2022, destaca a África Sub-sahariana com cerca de 48% do total global de mortes por terrorismo.
Ainda na sua intervenção Conselho de Segurança da ONU, Pedro Comissário partilhou propostas de medidas que podem complementar os esforços do Conselho de Segurança daquela organização internacional, no combate ao terrorismo global, destacando o reforço das capacidades técnicas e financeiras, colaboração entre a ONU e a União Africano.
“As capacidades técnicas e financeiras reforçadas precisam ser estendidas às forças locais, nacionais e regionais para proporcionar e garantir a paz e a segurança. Em segundo lugar, uma colaboração contínua entre o Conselho de Segurança da ONU e a União Africana e outras organizações regionais africanas na luta contra o terrorismo”.
Prosseguindo, Comissário falou do problema da aquisição de novas tecnologias de comunicação e comunicação por grupos terroristas que deve ser abordado com urgência.
Refira-se que a reunião, organizada pelos Emirados Árabes Unidos e pelo Quénia, membros não permanentes do Conselho de Segurança, faz parte dos encontros sobre Arria Fórmula, um conjunto de reuniões dos membros do Conselho, extensivo a outros Estados-membros, para abordar questões que perigam a paz e segurança internacionais.
A reunião do Conselho de Segurança da ONU subordinada ao tema “Ameaças à Paz e Segurança Internacionais causadas por Atividades Transnacionais de Grupos Terrorista, visava igualmente discutir a ameaça transnacional que os grupos terroristas constituem e avaliar as melhores respostas por parte do Conselho, através de recomendações sobre como o Conselho de Segurança e outros organismos regionais e internacionais podem fazer face às actividades terroristas.
Importa lembrar que Moçambique foi eleito, em Junho de 2022, membro não permanente do Conselho de Segurança, para o biénio 2023-2024, cujo mandato inicia a 01 de Janeiro de 2023, estando no presente a preparar a sua participação através de encontros bilaterais, trocas de experiências com países membros e que já serviram no Conselho de Segurança da ONU, para além de acompanhar e participar nas actividades deste importante órgão das Nações Unidas.
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