PLASOC-M propõe estratégias para mitigar impacto das manifestações no sector da saúde

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A onda das manifestações convocadas pelo candidato presidencial suportado pelo PODEMOS trouxe impactos negativos para o sector da saudei. Para minimizar os efeitos das manifestações no sector, a PLASOC-M, uma plataforma da sociedade civil e direitos humanos, propõe a elaboração e adopção de estratégias para que os utentes não fiquem privados dos cuidados de saúde.

De acordo com a Presidente do Conselho de Direcção da PLASOC-M, Gilda Jossias, o Governo, através do Ministério da Saúde, deve prover assistência medica durante as manifestações e, sobretudo, para os doentes crônicos.

“É expectativa da sociedade civil que o MISAU adopte medidas para assegurar a provisão de serviços de saúde, particularmente aos pacientes com doenças crónicas. Estas medidas irão, seguramente, minimizar a ausência de uma estratégia que priorize a dispensa de medicamentos e flexibilize as consultas para pacientes com cancro e insuficiência renal grave”, disse Jossias para depois defender o dialogo entre os actores políticos

“A sociedade civil considera que a aposta no diálogo pelas partes em conflito vai assegurar a provisão de serviços de saúde, com prioridade para pacientes com doenças crónicas e que dependem de medicamentos e cuidados, “isto contribuirá para a retenção dos pacientes no tratamento”.

A PLASOC-M defende que o Executivo deve apostar em tecnologias com vista a providenciar medicamentos aos utentes em momentos de crise, manifestações, desastres naturais, entre outros.

“É necessário que haja melhor aproveitamento das tecnologias para manter os utentes actualizados sobre a toma de medicamentos, consultas, cuidados e, o uso dos órgãos de comunicação social com influência e abrangência local (TV, rádios comunitárias e jornais) para a disseminação de informações importantes sobre saúde”, defendeu.

Por outro lado, Gilda Jossias, sem avançar números, revelou que há unidades sanitárias que foram encerradas no contextos das manifestações em protesto contra os resultados anunciados pela Comissao Nacional de Eleicoes.

“Houve encerramento de algumas unidades sanitárias nas províncias de Gaza, Niassa e Nampula, tendo afectado 21.494 pacientes necessitando de atendimento médico. As unidades sanitárias foram forçadas a encerrar o atendimento, por défice de pessoal médico ou por receio de vandalizações das suas infraestruturas. Por isso, há unidades sanitárias que funcionam com uma pressão maior para atender as vítimas deste conflito pós-eleitoral”, afirmou.

Nas entrelinhas, a organização que representa a sociedade apelou ao Executivo  para envida envidar esforços e criar condições necessárias para colocar um travão à crise que se instalou no país e com impacto directo no sector de saúde.

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