O Presidente da República Daniel Chapo, presidiu o lançamento do Complexo Habitacional FHOENIX, batizado de “Cidade Jovem”, no bairro Costa do Sol. A iniciativa surge como uma nova aposta do governo para garantir habitação condigna aos jovens moçambicanos, destacando-se pela sua modernidade e sustentabilidade.
O anúncio foi feito numa cerimônia que reuniu membros do governo, investidores e líderes comunitários. Localizado a poucos metros do fracassado projecto habitacional Casa Jovem, que nunca chegou a ser concluído, o novo empreendimento pretende corrigir os erros do passado e devolver a esperança à juventude moçambicana. O investimento previsto é de 2 bilhões de dólares, destinados à construção de 6.000 residências, além de infraestrutura complementar como escolas, centros de saúde, espaços de lazer e comércio.
“Estamos a cumprir a nossa promessa de garantir uma habitação digna para a juventude, sem distinção política, étnica ou social. Este projeto é a materialização do nosso compromisso com o bem-estar da população”, afirmou Chapo durante o evento.
A nova Cidade Jovem será desenvolvida com padrões modernos de urbanização e um enfoque na sustentabilidade ambiental. O projecto inclui a preservação de lagoas naturais da região, transformando-as em espaços de lazer e turismo. Além disso, serão implementadas medidas para apoiar a economia local, como a doação de barcos e equipamentos para pescadores, garantindo oportunidades de subsistência para a comunidade circundante.
O edil de Maputo, Rasaque Manhique, também se pronunciou durante a cerimônia, destacando a importância do projecto e a necessidade de garantir que as habitações sejam acessíveis aos jovens moçambicanos.
“Enquanto Governo vamos criar condições para que este investimento beneficie verdadeiramente os jovens, que sejam casas acessíveis, e acreditamos que isso vai acontecer, porque conhecemos a capacidade financeira dos nossos jovens, conhecemos a situação económica do nosso país e essa situação económica não perdoa a ninguém. Então, a nossa responsabilidade é apoiar os jovens. E já começou, está aqui. O passo seguinte é, de facto, apelarmos continuamente para que o empreendimento tenha custos que sejam de acordo com a realidade de cada jovem que aqui vier para poder morar,” defendeu.
O fracasso do projeto Casa Jovem, que deveria ter beneficiado milhares de jovens, continua a ser um fantasma presente no imaginário coletivo. Manhique enfatizou a necessidade de focar no futuro, ao invés de comparações com projectos anteriores.
” Não devemos fazer estas comparações, eu penso que é preciso que respeitemos cada capacidade. E o que foi muito bem dito aqui é que cada um vai até onde vai o limite das suas capacidades. Então, eu penso que não há projetos falhados. Todos os projetos são bons”, reiterou o governante.
A expectativa agora recai sobre a concretização desse ambicioso empreendimento, que pode marcar uma nova era no acesso à habitação em Moçambique e servir de modelo para futuros projetos habitacionais no país. (Luisa Muhambe)
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