Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autônomo (ANAMALA) é a proposta de nome do novo partido do ex-candidato presidencial, Venâncio Mondlane. A sua equipa submeteu, nesta quinta-feira, 03 de Abril, no Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, o expediente para a formalização daquela formação política.
Na qualidade de porta- voz da equipa que foi submeter o requerimento no ministério dirigido por Mateus Saize, Dinis Tivane disse esperar que o ANAMALALA tenha aval para começar a fazer o seu trabalho dentro de 60 dias.
“Viemos aqui ao Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos para fazer a submissão de um requerimento para a constituição de um partido que se chama Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autônomo (ANAMALA). Esperamos que nos próximos dias, eventualmente – o Ministério tem o prazo legal de no máximo 30 ou 60 dias – possamos convocar a imprensa e anunciar que o partido já está autorizado pelas entidades públicas para fazer o seu trabalho”, declarou Tivane, para depois referir que caíram por terra todas informações que davam conta de um possível regresso de Venâncio Mondlane à Renamo.
“Havia um burburinho em relação ao caminho político que Venâncio Mondlane daria. Surgiram fofocas sobre regresso a um determinado partido ou da coligação a outras , mas nós trabalhávamos de forma tranquila e serena. Chamamos hoje a imprensa para afastar qualquer informação contrária a esta e dizer que ANAMALA já está registado como nome, faltando agora ser registado como partido político”.
Em Moçambique, o grosso das instituições públicas anda a reboque do partido no poder, tomando, por vezes, decisões que beneficiam a Frelimo em detrimento das outras formações políticas. Apoiando-se no recente encontro entre Daniel Chapo e Venâncio Mondlane, Tivane acredita que o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos vai se basear nos ditames da lei para analisar o requerimento e, por via disso, formalizar o partido ANAMALALA.
“A nossa expectativa é que a Administração Pública que o Ministério da Justiça actue segundo ditames da lei. Temos tido um histórico de pessoas seguirem um determinado trâmite legal e o resultado ser automaticamente contrário daquilo que se vê. Podem estar recordados dos últimos episódios das nossas eleições, onde um ganhava e vinha escrito que perdeu. A administração pública moçambicana tem esse histórico de dar conclusões contrárias àquilo que primeiro é a sua vocação e completamente avessa àquilo que é pedido. Acreditamos que neste momento Moçambique está a caminhar para a consolidação da paz. Vimos engenheiro Venâncio Mondlane e o Doutor Chapo a apertarem as mãos, penso que é sinal. A Assembleia da República também aprovou a Lei do Compromisso para o Diálogo Nacional e Inclusivo. Acreditamos que a maneira de proceder da Administração Pública terminou com o passado, acreditamos que o nosso partido em menos de trinta dias será formalizado”.
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