Comemora-se hoje, 11 de Abril de 2025, o dia do jornalista moçambicano data que coincide com o 47º aniversário do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ), criado em 1978 como Organização Nacional de Jornalistas (ONJ). Em alusão o presidente do SNJ, Faruco Sadique, exaltou a actuação dos jornalistas moçambicanos embora vários os desafios entre eles perseguição política, remunerações, liberdades de expressão e imprensa e diversos.
Este ano, as celebrações decorrem na província de Inhambane, sob o lema “SNJ: 47 anos celebrando a coragem, compromisso e profissionalismo dos jornalistas”. De acordo com Faruco, a escolha do lema deste ano, tem vista exaltar os jornalistas moçambicanos que, não obstante as dificuldades pelas quais passam no seu dia-a-dia, não deixam de cumprir o seu papel de informar e formar a sociedade mesmo diante de condições precárias.
“Com efeito, nos últimos tempos, o exercício da profissão jornalística, no país, tem constituído um compromisso muitas vezes penoso, que passa por trabalhar em condições contratuais precárias, em muitos casos sem salários fixos e dignos, sem descontos para o sistema de segurança social obrigatório, sem seguros de trabalho, de vida e de viagem, sem os necessários meios materiais, técnicos e financeiros para a prossecução das suas actividades”, disse Faruco Sadique.
No mesmo desenvolvimento acrescentou que a vulnerabilidade dos jornalistas fez-se sentir sobretudo nos últimos meses quando tornaram-se também vítimas do clima de tensão política que se vive no país, chegando em várias circunstâncias a ser colocada em risco a sua integridade física e moral, tanto através de agressões físicas perpetradas ora por manifestantes ora por agentes públicos.
Apesar desse clima hostil, “os jornalistas e outros profissionais da comunicação social não têm baixado a guarda e continuam fiéis aos seus princípios profissionais e aos ditames dos estatutos editoriais dos seus órgãos de informação”, observou Faruco.
Face a este cenário a SNJ exorta aos profissionais de comunicação social saberem posicionar-se em cada momento da sua actividade, não cedendo a pressões provenientes dos mais variados grupos de interesses que caracterizam a sociedade e trabalhando sempre em prol da verdade dos factos.

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