O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, advertiu que os contratos celebrados entre o Executivo moçambicano e as multinacionais geram receitas que não fluem para o mercado nacional, tendo, por isso, exortado ao Governo para que no acto da renegociação dos contratos priorize canalização dos benefícios para a economia nacional.
Numa altura em que está em curso a renegociação dos contratos com as multinacionais que exploram recursos naturais em Moçambique, Agostinho Vuma alertou que as receitas das exportações não fluem para o mercado nacional.
“A médio e longos prazos, e como já demonstramos em ocasiões anteriores, as exportações, incluindo dos Grandes Projectos, cobrem em cerca de 90% das necessidades de importações. Mas, infelizmente, tais receitas de exportações dos grandes projectos, maioritariamente, não fluem para o mercado devido ao tipo do contratos celebrados, até aqui, entre o Governo de Moçambique e os actores no mercado internacional”, disse o presidente da CTA
Para mudar o actual cenário que inquieta sobremaneira o sector privado, Vuma exortou ao ao Governo para que no acto na renegociação dos contratos priorize canalização dos benefícios para a economia nacional.
“Queremos, pois, a este respeito, instar o Governo a, em sede das intenções e acções tornadas públicas de renegociação dos diversos contractos, tenha em conta e como prioritária a canalização de benefícios diversos para a economia nacional, libertando-se, deste modo, da dependência em divisas que são geradas por Grandes Projectos em Moçambique”.

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