Nova Democracia diz que o mau estado das estradas nacionais deve-se à má gestão e desvio de fundo

DESTAQUE POLÍTICA
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Com sua senda de posicionamentos semanais, o partido Nova Democracia (ND), expressou, esta segunda-feira, em comunicado, a sua profunda preocupação com o estado das estradas no País. O partido considera o estado degradado das vias um risco iminente para a vida e para a economia. Aliás, não tem dúvidas  de que as estradas moçambicanas se transformaram num autêntico cemitério de sonhos ao serem a principal causa de acidentes, despistes e capotamentos.

Milhares de vidas são ceifadas anuelmente, deixando famílias desintegradas e sonhos interrompidos. Para a Nova Democracia, para além dos erros humanos e dos problemas mecânicos, os buracos nas estradas são uma das principais causas de derramamento de sangue.

Para aquele partido dirigido por Salomão Muchanga, homens e mulheres ficam com deficiências após capotamentos bruscos, e famílias inteiras sofrem com a dor e o trauma das perdas nas rodovias.

“A Estrada Nacional Número 1 (EN1), considerada a coluna vertebral da unidade nacional, é agora vista como um Museu de estradas”, defende a ND, destacando que o impacto da degradação rodoviária estende-se severamente à economia.

“Empresas de frotas enfrentam crises e falências devido à imensurável perda de mercadorias. O tempo prolongado de viagem dos camionistas causa atrasos na economia do país. Além disso, produtos perecíveis estragam-se antes de chegar ao mercado, uma consequência directa do tráfego lento em vias estreitas e degradadas”, destacou.

A Nova Democracia atribui os problemas técnicos, económicos e humanos em camiões, viaturas e automóveis à negligência e incompetência da Administração Nacional de Estradas, dos Conselhos Municipais e dos Governos Provinciais. O partido salienta que o planeamento, a construção e a reabilitação de estradas, embora sejam pilares no papel, falham na implementação prática.

A gestão dos fundos destinados à infra-estrutura rodoviária é um ponto central da crítica do ND. O partido afirma que os financiamentos, impostos, taxas de portagem, doações e empréstimos são como cartas de baralho em um jogo de corruptos. O comunicado sugere que projectos rodoviários co-financiados por entidades como o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento, e outros fundos externos, têm “destinos criminosos”.

A deterioração das estradas também impõe um pesado fardo financeiro sobre os proprietários de veículos. O ND observa que veículos se tornam “montões de sucatas” em apenas um semestre de circulação. Buracos e águas estagnadas danificam a suspensão e os pneus. O partido denuncia que, mesmo diante desses danos, a Polícia realiza cobranças ilegais e a Inspecção de Veículos e Automóveis exige boas condições mecânicas e um “refresco de papel” para aprovar danos que foram causados pelo próprio governo.

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