ENI manifesta interesse em apoiar Moçambique nas áreas da “agricultura e produção de óleo vegetal”

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O porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, destacou esta sexta-feira, durante o briefing semanal, os principais avanços no sector energético, em particular no desenvolvimento dos projectos Coral Sul e Coral Norte, bem como os compromissos assumidos pela multinacional ENI no apoio a outras áreas estratégicas para Moçambique, como agricultura e transição energética.

Segundo Impissa, o Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, recebeu recentemente o CEO da ENI, Claudio Descalzi, para discutir o estágio actual do Projecto Coral Sul, explorar novas áreas de actuação da empresa e reforçar parcerias com vista ao desenvolvimento do país. A ENI manifestou abertura para apoiar Moçambique na produção de óleo vegetal com fins energéticos, contribuindo para a criação de empregos e valorização da produção agrícola nacional.

O Governo aproveitou a ocasião para manifestar satisfação com o financiamento de 5 mil milhões de dólares norte-americanos, recentemente anunciado pelo Governo dos Estados Unidos, destinado ao projeto Mozambique LNG. Segundo Impissa, este gesto foi interpretado como sinal de confiança internacional no ambiente de negócios moçambicano.

Sobre o Projeto Coral Norte, Impissa informou que o Governo já aprovou os seus termos e condições, os quais introduzem melhorias significativas em relação ao Coral Sul, com maior ênfase no gás doméstico, gás condensado e investimentos de responsabilidade social. A ENI tem 60 dias para submeter o plano detalhado de desenvolvimento ao Governo, cuja implementação está prevista para começar em 2026.

Moçambicanos no Laos em situação de escravidão

O porta-voz comentou ainda a situação de moçambicanos que se encontram no Laos e que alegam estar a viver em condições de escravidão. Impissa garantiu que o Governo está a acompanhar o caso através dos canais diplomáticos apropriados e que as autoridades competentes trabalham para esclarecer a situação e tomar medidas adequadas.

Salientou, no entanto, que a resolução de casos em território estrangeiro depende de processos diplomáticos que podem demorar, consoante as circunstâncias.

Stock de medicamentos nos hospitais sob monitoria

Questionado sobre alegadas rupturas de stock nos hospitais de referência, Impissa reconheceu que há insuficiências, mas garantiu que o sistema nacional de saúde continua a assegurar a distribuição mínima de medicamentos disponíveis.

Acrescentou que estão em curso verificações nos armazéns regionais e que o Governo está em contacto com fornecedores e transportadores para confirmar prazos de entrega de medicamentos já encomendados.

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