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Niassa não ficou atrás. A província nortenha apresentou-se na 60ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM) como uma das províncias de Moçambique com mais recursos e oportunidades de investimento. A governadora da província, Elina Massengele, destacou a riqueza natural, agrícola, turística e mineira de Niassa, que ocupa uma área de 120 mil quilómetros quadrados no norte do país.
Segundo Massengele, cerca de 42 mil km² corresponde à Reserva Especial do Niassa, habitat de quatro dos “Big Five” da fauna africana, o que confere ao território uma importância única na conservação ambiental e no turismo de natureza. A província é ainda atravessada pelas bacias hidrográficas do Rovuma, Lúrio e Zambeze, registando uma precipitação média anual de 1.169 milímetros, factor que assegura boas condições agro-ecológicas.
“Niassa é uma província produtiva. Temos solos férteis e clima favorável, o que nos permite cultivar praticamente todas as culturas. Produzimos macadâmia, arroz, milho, trigo e, especialmente, feijões, com 18 variedades diferentes”, afirmou a governadora, acrescentando que o território dispõe de mais de dois milhões de hectares de terra arável disponíveis para produção agrícola em larga escala.
Além do potencial agrícola, Niassa apresenta uma forte vocação turística. O Lago Niassa, com praias de rara beleza, acolhe unidades hoteleiras de referência.
O turismo religioso também se destaca, com infra-estruturas emblemáticas como igrejas e templos históricos nas montanhas. A diversidade cultural local é outro atractivo, com manifestações como o Ganda, Chiwoda e Kadoda, que preservam o espírito guerreiro do povo da província.
No sector mineiro, Massengele apontou a existência de rubis, ouro, turmalinas, águas minerais, calcário e grafite, este último já em exploração industrial.
“Estamos disponíveis para assinar memorandos de entendimento em diversas áreas, desde a agricultura, recursos minerais, florestais até ao turismo. O Niassa tem oportunidades únicas que merecem ser exploradas”, afirmou.
Em linhas gerais, a participação de Nampula e Niassa na FACIM reforça o posicionamento das províncias como destino de excelência para investidores, num evento que reuniu mais de 3.000 expositores de 26 países e cerca de 65.000 visitantes e que decorreu sob o lema “Promovendo a Diversificação Económica rumo ao Desenvolvimento Sustentável e Competitivo de Moçambique”.



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