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O Conselho da Economia Azul realizou, esta quinta-feira, 07 de Novembro a sua Primeira Sessão Ordinária de 2025, marcada pelo anúncio de que o Fundo de Desenvolvimento da Economia Azul (ProAzul) precisa mobilizar 900 milhões de dólares para financiar a Estratégia de Desenvolvimento da Economia Azul.
Segundo o especialista financeiro do ProAzul, Caldas Chemane, o encontro assinala uma fase de reativação e dinamização do Conselho, com foco em definir as bases e a agenda de trabalho para o próximo ano, bem como avaliar o impacto dos projetos executados nos últimos cinco anos.
“Um dos grandO ProAzul tem a obrigação de assegurar o mecanismo de financiamento da Estratégia de Desenvolvimento da Economia Azul, que requer cerca de 900 milhões de dólares. Estamos a trabalhar para engajar parceiros e instituições nacionais de forma a garantir os recursos necessários”, afirmou Chemane.
Entre os temas em análise estão o plano de atividades para 2025, o balanço dos projetos Mozo Norte e Mozo Rural, ambos financiados pelo Banco Mundial e a discussão dos principais desafios da pesca artesanal e da fiscalização marítima.
Os dois projetos, executados ao longo dos últimos cinco anos, contribuíram para o reforço da fiscalização pesqueira, capacitação do pessoal do INAMAR e licenciamento dos pescadores artesanais, além de terem viabilizado o censo da pesca artesanal e da aquacultura.
Chemane destacou ainda o programa “Mais Peixe Sustentável”, considerado o projeto de bandeira do ProAzul, como o principal mecanismo de apoio à cadeia de valor da pesca e aquacultura. O programa dispõe de duas janelas de financiamento até 1,5 milhão de dólares para pescadores artesanais e até 500 mil dólares para pequenas e médias empresas do setor.
Outro ponto em debate foi o cumprimento das vedas e o fortalecimento dos conselhos comunitários de pesca, considerados essenciais para garantir o respeito às normas de exploração sustentável dos recursos marinhos.
“As vedas são definidas cientificamente e é fundamental que sejam respeitadas. Estamos a apoiar as comunidades para criarem conselhos formais e autofiscalizáveis, com sedes e estatutos próprios, para reforçar o controlo local”, concluiu Chemane.
O evento contou igualmente com a presença do Secretário de Estado, Arnaldo Juizo, para além de outros representantes do governo e do sector privado.
Juizo sublinhou que, a economia Azul constitui uma fonte estratégica de desenvolvimento, capaz de impulsionar a industrialização, gerar emprego, aumentar as exportações e reforçar a soberania económica.
Para concluir, garantiu “continuar a liderar, com dedicação e sentido patriótico, a agenda da Economia Azul, em alinhamento com as orientações do Governo e as metas do Plano Quinquenal 2025–2029”.



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