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Durante as cerimônias centrais do dia internacional de acesso universal à informação, o ministro da da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, revelou foram detectados mais de 18 mil funcionários fantasmas que recebiam salários em esquemas fraudulentos e corruptos liderados por gestores dos recursos humanos na Função Pública.
Segundo Inocêncio Impissa, alguns dos funcionários fantasmas faleceram e estão desvinculados da Função Pública.
“Em base no exercício do trabalho que temos estado a fazer e em sistemas que temos estado a introduzir, tem-nos permitido detectar situações de descaminho de salários. Desativados no Global durante este período, são cerca de 18 mil funcionários, para nós, fantasmas”, revelou o ministro da Administração Estatal e Função Pública para depois afirmar que os “fantasmas” já foram desactivados.
“É que cada um dos funcionários tem um salário diferente do outro em função da categoria que se dizia que tinha, e neste caso, quando é assim, não é possível saber a princípio, mas temos uma equipa conjunta que está a fazer agora o apuramento, que é para saber qual era a carreira do funcionário, ou o que se dizia que o funcionário tinha, qual é o nível que tinha, a partir de quando é que ele é considerado funcionário, que é para depois dizermos quanto é que representa, portanto, o custo dos 18 mil que foram desativados aqui. Mas é um dado, certamente, que vamos ter que é para permitir-nos dizer quantos funcionários podíamos ter admitidos se os 18 mil funcionários não fossem fantasmas”.
Impissa revelou, por outro lado, que os esquemas que permitiam que funcionários fantasmas continuassem a auferir salários eram controlados por gestores dos recursos humanos na Função Pública
“Temos estado a trabalhar para purificar as fileiras, como se diz, dos funcionários e agentes do Estado.Havia funcionários já falecidos, funcionários já aposentados, ainda numa folha de funcionário ativo. E que, nesse período, os gestores, ou alguns gestores, não inscreveram essa indicação de falecimento no sistema.A falta dessa atualização no sistema, permite que o sistema também continue a pensar que essa pessoa está viva. E o que é que vai acontecendo.Vai entrando salário”.
Por se tratar de um esquema que lesou o Estado em milhões de meticais, o titular do pelouro da Administração Estatal e Função Pública avançou que estão em curso investigações para responsabilizar todos os envolvidos.

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