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O ministro da Função Pública e Administração Estatal, Inocêncio Impissa, advertiu, nesta quarta-feira, 01 de Outubro, que os moçambicanos não podem olhar para o sistema eleitoral como um palco de confusão e conflitos. Para evitar os cenários que se verificaram no processo eleitoral, realizado em Outubro do ano passado, Impissa defende que se deve investir numa forte educação cívica empregada nos mais soberanos valores humanos e na moçambicanidade para que todos compreendam o valor da liberdade, da escolha e da livre opinião, do engajamento e participação política.
Segundo Inocêncio Impissa, ao longo dos últimos 30 anos, a democracia moçambicana alcançou conquistas importantes com destaque para a realização de eleições regulares e aumento do número de concorrentes nos processos eleitorais.
Não obstante aos avanços registados desde 1994, nos últimos anos, os processos eleitorais, ao invés de serem momentos de festa, se transformaram em palco de conflitos.
Relativamente aos acontecimentos registados em 2023 e 2023, o ministro da Função Pública e Administração Estatal, que falava durante a Conferência Sobre Democracia Eleitoral em Moçambique, advertiu que o sistema eleitoral não pode ser usado como palco para conflitos.
“No entanto, há que assumir, como dissemos antes, que a democracia é um campo de análise que ainda exige maior diálogo, muito compromisso e uma visão partilhada sobre o futuro. Pois uma visão puramente eleitoralista ou meramente técnica da democracia não faz jus ao sistema democrático e, certamente, não resolverá os problemas cada vez mais complexos da nossa sociedade. Ou seja, o sistema eleitoral não pode ser visto por nós os moçambicanos como um momento ou palco, infelizmente, de confusão, de desconfiança, de conflitos, de intolerância entre os moçambicanos, a ponto de se chegar a preocupantes situações e estágios de aparente hipnose coletiva, incapazes de muitos de nós podermos distinguir a nossa conduta coletiva (…)”, declarou Inocêncio Impissa.
Impissa espera que os processos eleitorais vindouros sejam um verdadeiro momento da festa democracia, porém, para o alcance desse desiderato defende que se deve apostar numa educação cívica para que os moçambicanos compreendam o valor da liberdade, da escolha e da livre opinião.
“ Há necessidade de discutirmos, sim, as melhores estratégias para ultrapassar os cenários que cada vez mais têm estado a degradar os esforços e conquistas coletivas conseguidas pelos moçambicanos, de deterioração massiva de valores humanos e da boa convivência, etc., onde em causa o crescimento e desenvolvimento coletivo da nossa pátria. Há necessidade de investirmos numa forte educação cívica impregnada nos mais soberanos valores humanos e na nossa moçambicanidade para que todos nós, sobretudo os jovens, compreendamos a história de Moçambique, o valor da liberdade, da escolha e da livre opinião, do engajamento e participação política e a importância de salvaguardar a soberania e interesses nacionais.
O governante referiu igualmente que o Dialogo Nacional Inclusivo pode ser usado como um instrumento de resolução de conflitos e de construção de consensos duradouros.

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