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O activista e académico Adriano Nuvunga compareceu, esta quarta-feira, à Quarta Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, para o início do julgamento do mediático caso dos “219 milhões de meticais”, alegadamente entregues a Albino Forquilha com o intuito de influenciar a divulgação dos resultados das eleições de 9 de outubro passado.
A sessão, contudo, não chegou a avançar conforme o previsto, tendo sido suspensa após a apresentação de questões técnicas por parte da defesa. À saída do tribunal, Nuvunga confirmou a suspensão do julgamento.
“A sessão correu normalmente, com tranquilidade, mas foi suspensa. Eu sou activista, e sempre que estou convosco é para defender as causas sociais das comunidades, nunca para falar sobre processos de mim próprio. Para isso, construí uma equipa de advogados, que são quem deve tratar das questões técnicas deste caso”, afirmou.
O advogado de defesa, Elídio Macia, limitou-se a confirmar a apresentação das referidas questões técnicas ao tribunal, esclarecendo que o processo não foi arquivado, mas sim suspenso até à decisão do Tribunal Superior.
“Fomos convidados pelo Tribunal para debater este processo e, como advogados do professor Nuvunga, levantámos questões técnicas de direito que o Tribunal entendeu fazerem sentido. Agora aguardamos que o Tribunal Superior se pronuncie sobre elas”, explicou.
Sem entrar em detalhes sobre o conteúdo das questões apresentadas, Macia sublinhou o compromisso da defesa com o respeito ao segredo de justiça.
“Não podemos revelar que questões são essas, por respeito ao Tribunal e aos demais sujeitos processuais. O que está no processo, está no processo. As nossas expectativas são que a justiça seja feita, e aguardaremos serenamente pelo desfecho”, concluiu.
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