FDEM lança Business Connection Moçambique–Brasil e reforça nova era de cooperação económica

DESTAQUE ECONOMIA
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A Federação de Desenvolvimento Empresarial de Moçambique (FDEM) realizou, esta quinta-feira, o Business Connection Moçambique-Brasil, um evento estratégico que marca o relançamento das relações económicas entre os dois países. A iniciativa surge após a recente visita do Presidente do Brasil,Lula da Silva, a Moçambique, que abriu espaço para um novo ciclo de diplomacia económica e fortalecimento das parcerias bilaterais.

O encontro visa aproximar empresários moçambicanos e brasileiros, promover novas oportunidades de investimento, estimular parcerias e impulsionar um ambiente favorável ao desenvolvimento sustentável dos negócios. Durante o evento, foi igualmente lançado o Clube de Empresários da FDEM, uma plataforma criada para reforçar o networking empresarial, facilitar a mediação de oportunidades e consolidar o papel institucional da federação como promotora do ambiente de negócios no país.

O presidente da FDEM, Lineu Candieiro, afirmou que o lançamento do Business Conecta marca o início de uma fase decisiva na cooperação económica entre Moçambique e Brasil. Segundo disse, a presença de Lula abriu caminhos diplomáticos importantes e devolveu dinamismo à relação empresarial entre os dois países, que já conheceram investimentos de vários biliões de dólares no passado.

Candieiro destacou ainda que o Brasil é uma potência mundial no agronegócio e que Moçambique possui vastas terras aráveis por explorar, sendo este um momento crucial para apostar em formação, mecanização agrícola e transferência de tecnologia.

Durante o encontro, o empresário brasileiro Júlio Cesar foi eleito vice-presidente do Clube dos Empresários da FDEM.

Candieiro afirmou que a escolha resulta da confiança depositada na capacidade de liderança do empresário, que entende plenamente a missão do clube e poderá acrescentar valor significativo às suas actividades.

No mesmo evento, a FDEM firmou um memorando de entendimento com o Mozambique CEO Summit, rubricado por Lineu Candieiro e Afonso Cossa, que definiram como meta elevar a federação a um patamar de maior influência nacional e internacional, com a ambição de “juntar o PIB do país numa única sala”.

Candieiro referiu que os primeiros frutos da cooperação com o Brasil já são visíveis, com várias manifestações de interesse de empresários brasileiros em investir em Moçambique. Acrescentou que já existem memorandos de entendimento assinados com instituições económicas brasileiras interessadas em integrar um leque de oportunidades de cooperação com África.

O presidente da FDEM, não tem dúvidas que “Moçambique possui potencial em áreas como gás, mineração e recursos minerais, e o desenvolvimento sustentável do país depende de uma maior articulação entre o Governo e o sector privado”.

Há condições para tudo dar certo

Para o presidente da FDEM, as condições para o crescimento estão criadas e a visita de Lula trouxe compromissos claros que podem transformar a cooperação bilateral numa aliança económica efectiva. Acredita que Moçambique poderá tornar-se, nos próximos anos, um dos países mais promissores da região e até do mundo.

Por sua vez, o empresário Júlio Cesar destacou que Moçambique oferece um ecossistema favorável para o desenvolvimento de negócios e que a FDEM surge para complementar o trabalho de outras instituições já presentes no país.

Apontou sectores com grande potencial, incluindo mineração, oil and gas, agricultura, cultura e intercâmbios desportivos como a capoeira, reforçando que a proximidade linguística e cultural entre os dois países facilita a criação de oportunidades.

No entanto, alertou para a necessidade de maior rapidez na concretização de projectos, afirmando que, se os primeiros negócios não forem fechados até ao final de Dezembro, a iniciativa poderá ser considerada um fracasso. Para Júlio Cesar, o futuro desta cooperação “depende de uma actuação mais imediata, tanto por parte dos empresários como das instituições envolvidas”.

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