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A Dama de Ferro que revelou que dinheiro do “roubo” caiu nas contas da Frelimo

Nas vésperas da reunião mais importante da Frelimo entre os Congressos, sai em liberdade sob termo de identidade e residência, Maria Helena Taipo, antiga dirigente a vários níveis e membro daquela formação política, que antes de ser recolhida aos calabouços revelou que, afinal, o seu partido se beneficia do dinheiro da corrupção.

Maria Helena Taipo, conhecida como Dama de Ferro devido à forma rígida de ser enquanto dirigente, responde num processo ainda em instrução, em que é acusada de desfalque de 100 milhões de meticais no INSS.

O caso remota de 2014, ano eleitoral (nas quais foi eleito Filipe Nyusi), altura em que Taipo era Chefe da Brigada Central do partido em Nampula. A visada terá supostamente recebido aquele montante, através de transferências bancárias feitas por empresas que celebravam contratos com o INSS, isto em 2014.

No auge da investigação do caso, a Dama de Ferro acabou colocando a boca ao trombone, revelando que os pagamentos eram destinados ao apoio à campanha eleitoral do partido Frelimo e do seu candidato, Filipe Jacinto Nyusi, no ano de 2014.

Na verdade, tem sido prática o partido receber apoios de empresários e membros do partido, sobretudo em período eleitoral. A Lei 7/91 de 23 de Janeiro, Lei de Financiamento dos Partidos Políticos, é instrumento ambíguo e abre espaço para que os partidos possam receber dinheiro, por vezes, de proveniência duvidosa.

Por essa razão, a detenção de Helena Taipo em algum momento pareceu um expediente político, e dois anos depois sai em liberdade ainda sem culpa completamente formada, apesar de, num primeiro momento, o Ministério Público ter avançado uma acusação provisória.

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