Ramaphosa aprova extensão da permanência da SAMIM no TON

DESTAQUE POLÍTICA

Em Dezembro do ano passado, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, ponderou pedir a extensão da permanência das tropas estrangeiras no Teatro Operacional para travar as investidas dos terroristas que começaram a perpetrar ataques na província de Niassa. Depois de receber uma resposta positiva do Ruanda, na terça-feira, 11 de Janeiro, Nyusi viu Cyril Ramaphosa, presidente da “troika” de Cooperação nas Áreas de Política e Defesa da SADC,  defender a continuidade da SAMIM no Teatro Operacional Norte.

Entre Julho e Novembro, as três forças destacadas para repor a ordem e tranquilidade na província de Cabo Delgado conseguiram colocar os grupos armados em polvorosa. Entretanto, quando parecia que a ordem e tranquilidade estavam de regresso naquele ponto do país, em Dezembro, os terroristas voltaram a semear luto e terror, obrigando Moçambique a pedir a extensão da permanência das tropas estrangeiras.

Recentemente, uma comitiva moçambicana, liderada pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Moçambique, Almirante Joaquim Mangrasse, deslocou-se a capital ruandesa, Kigali, onde manteve encontros conjuntos de segurança e defesa com o chefe de Estado-Maior das Forças de Defesa do Ruanda, Gen J Bosco Kazura.

Além da extensão da permanência do contingente ruandês em Moçambique, as duas partes acordaram alargar a cooperação entre as forças de segurança para melhorar as operações que estão a decorrer em Cabo Delgado.

Quem também mostrou-se a favor da permanência da Missão Militar da África Austral em Moçambique é o presidente da África do Sul, que actualmente ocupa o cargo de presidente da “troika” de Cooperação nas Áreas de Política e Defesa da SADC.

“Devemos todos estar cientes da necessidade de continuar a combater o terrorismo em Moçambique, um país irmão”, declarou Ramaphosa  durante a cimeira extraordinária em Lilongwe, Malawi.

Por outro lado, o presidente da África do Sul defendeu que a SAMIM deve continuar no Teatro Operacional Norte para ajudar Moçambique a restabelecer a paz e tranquilidade, contribuindo desta forma para a ambição de ter uma região Austral estável.

“Estamos a notar progressos significativos no domínio da segurança, o que traz a possibilidade de um reinício de uma vida normal em Cabo Delgado. Agora, a nossa missão é estender a missão no terreno, uma decisão que deve ser homologada na cimeira desta quarta-feira”, declarou.

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