Quando foi despoletado o escândalo das dúvidas ocultas, o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou o seu apoio ao Orçamento do Estado. Entretanto, volvidos seis anos, e por sinal no meio ano em que foram julgados os implicados naquele que é considerado o maior escândalo financeiro do país, o Governo anunciou, com pompa e circunstância, anunciou o retorno do FMI ao país. Para a Comissária Britânica em Moçambique, NneNne Eme, o Executivo não pode apenas contentar-se a retoma do financiamento da FMI, uma vez que isso não resolve a dependência externa.
O Fundo Monetário Internacional decidiu levantar as sanções impostas a Moçambique em 2016 e o Governo ganhou uma lufada de ar fresco, uma vez assegurou a retoma do apoio directo e retoma do financiamento e apoio directo ao Orçamento do Estado.
No entanto, Comissária Britânica em Moçambique, considera que ao invés de se contentar com o retorno do FMI o Executivo deve criar condições para atrair mais investimento estrangeiro.
“Mais do que mais ajudas do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e de outros parceiros de cooperação, o que o país precisa é de criar condições para atrair cada vez mais investimento estrangeiro. O que Moçambique precisa não é de uma dependência de doadores, mas de mais investidores, particularmente do sector privado, e o que vai incentivar o sector privado a regressar a Moçambique para investir é a confiança de instituições como o FMI”, defendeu NeNe Emme.
Por outro lado, Emme considerou que o retorno do Fundo Monetário Internacional vai estimular o desenvolvimento de Moçambique, visto que aproximou o país e as instituições financeiras internacionais.

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