Denúncias surgem dando a saber que os filhos, dependentes e familiares dos antigos combatentes da luta de libertação nacional estão sendo beneficiados obtendo vantagens no processo de selecção aos Institutos de Formação de Professores (IFP) um pouco por todo país.
Em uma circular emitida a dia 05 de Dezembro último pela Direcção Nacional de Inserção Social, o Ministério dos Combatentes dava instruções claras para às Direcções Provinciais para que fossem disponibilizadas 110 vagas para os filhos dos combatentes nos Institutos de Formação de Professores (IFP). A ordem era clara; facilitar as suas candidaturas e consequentes ingressos dos filhos e dependentes dos antigos combatentes ligados ao partido no poder nos IFP.
Como tal, o documento instruía o seguinte: “uma vez inscritos, os candidatos devem igualmente solicitar através de um requerimento o ingresso no Instituto de Formação de Professores ao Serviço Provincial dos Combatentes na província onde residem e se localiza o Instituto que pretende frequentar”, e o mesmo indicava a disponibilidade de 10 vagas exclusivas aos filhos dos combatentes em cada Serviço Provincial dos Combatentes para ingressar no Instituto de Formação de Professores existente em cada província.
De recordar que em Junho deste ano a Ministra da Administração Estatal e Função Pública, Ana Comoane ordenou igualmente que se fossem privilegiados os filhos dos combatentes nos concursos de ingresso na Administração Pública sem levar em consideração o grau académico ou profissional dos filhos dos camaradas.
A selecção dos filhos dos combatentes estava a cargo dos Serviços Provinciais dos Combatentes em colaboração com as Associações dos Combatentes de cada província. Soube-se que os beneficiados seguiriam todas as fases do processo de recrutamento e selecção ao IFP, mas o que muitos não saberiam é que eles já têm de vagas asseguradas no final do processo.
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