No ultimo discurso como Presidente da República, Filipe Nyusi, referiu, nesta quarta-feira, 15 de Janeiro, mais uma vez, que a sua governação foi condicionada por quatro factores, nomeadamente, tensão militar na zona centro, desastres naturais, pandemia e terrorismo.
Na hora do adeus, Filipe Nyusi agradeceu o carinho e apoio moçambicanos a quem chamou de seus patrões quanto tomou posse para o seu primeiro ciclo de governação.
Tal como referiu no seu último informe na Assembleia da República, Nyusi disse que enfrentou condições adversas de governabilidade, destacando os desastres naturais que afacetaram negativamente a economia nacional, o terrorismo que causou morte e deslocados em Cabo Delgado, Covid-19 e tensão militar na zona centro.
No entanto, mesmo com esses factores adversos, Filipe Nyusi declarou que o apoio popular, dos membros do Governo, da Frelimo, de líderes da oposição, nomeadamente, Afonso Dhlakama e Ossufo Momade, dos parceiros de cooperação, das Forças de Defesa e Segurança e da SADC foi determinante para conseguisse liderar os destinos da nação moçambicana, tendo destacado que o país “precisa de respeito pelo seu tempo e pela sua soberania para que, sem pressões externas, encontre a sua própria forma de resolver os seus assuntos.”
Relativamente ao seu sucessor na Ponta Vermelha, Nyusi desejou os maiores sucessos do mundo e mostrou disponibilidade para dar o seu apoio.
“Ao senhor Presidente Daniel Chapo, excelência, aproveito esta ocasião para, uma vez mais, felicitá-lo pela vitória e desejar-lhe muito sucesso na liderança do nosso belo Moçambique. Como cidadão que sou, estarei à sua disposição para dar o apoio em tudo quanto for necessário dentro dos limites das obrigações existentes e, naturalmente, das minhas capacidades para engrandecer este belo Moçambique. Termino citando um ditado africano, da língua swahili, que diz: ‘se transportares uma carga pesada, entrega-a a quem garante fazê-lo chegar ao seu destino’.”

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