Obra de Teodoro Waty “A amarrada chuva de KaMutxukhêti” inspira peça teatral

CULTURA DESTAQUE

Em Dezembro de 2019, o escritor Teodoro Waty lançou a obra “A amarrada chuva de KaMutxukhêti”, uma história sobre Moçambique, a sua parte profunda e ancestral – uma viagem aos ritos, às hierarquias sociais, aos costumes e tradições da Nação. Através de uma iniciativa da Universidade Eduardo Mondlane e da Universidade Aquila, em parceria com a Cine Internacional, a obra de Waty inspirou uma peça teatral, com mesmo nome cuja estreia está agendada para o dia 16 do corrente mês de Março, Cine-Teatro Scala, na Cidade de Maputo.

Na sexta-feira, 11 de Março, jornalistas, acadêmicos e membros do Governo foram chamados para antestreia da “A amarrada chuva de KaMutxukhêti”, uma peça teatral que promete cativar atenção dos admiradores e críticos das artes.

Evaristo Abreu foi quem adaptou a obra, sendo que nesta empreitada contou com a colaboração de Policarpo Mapengo e Vítor Gonçalves, sendo que Maria Atália Adamugy que, referiu que o grupo de trabalho apostou no desafio de apostar na adaptação das obras moçambicanas para o teatro, ficou encarregue pela encenação.

“Queremos trazer ao público um trabalho bastante bonito, apreciável e consumível. É um trabalho que iniciou nos meados do ano com a procura da obra, lemos esta obra e identificamos uma história.  O nosso desafio por esses dias é adaptar obras moçambicanas para o teatro. Começamos por escolher este livro e passamos pela adaptação, o casting e depois começamos a fazer o trabalho de mesa. A escolha dos actores foi feita ao pormenor e se reparem vão descobrir que temos a nata dos actores está aqui nesta obra”, disse Adamugy.

Numa primeira fase a peça teatral será exibida na capital do país, mas a encenadora elevou a fasquia e referiu que há desafio de levar a peça para KaMutxukhêti, localidade que inspirou Teodoro Waty a escrever o livro.

“Nos desafiamos a levar a peça primeiro para KaMutxukhêti que é uma localidade que existe e depois para os outros cantos do país. Fazer por fazer e não inspirar ninguém não tem interesse. O que mais me agrada no espectáculo que dirijo é que pelo menos no fim as pessoas da sala até porque de estacionamento reflitam no que viram e tenho que a certeza que esta reflexão vai existir e vai estimular a transformação, ou seja, fazer o espectáculo do início ao fim com aquilo que é nosso”.

Depois assistir a antestreia da peça, o autor da obra “A amarrada chuva de KaMutxukhêti”, Teordoro Waty não teve dúvidas de que a adaptação supera a ideia original.

“Acho que está bastante melhor passada para o teatro do que quando escrevi e entendo que os encenadores e os actores compreenderam o objectivo e mensagem que queria lançar.  Espero que venham a ler e entender como os actores entenderam. Nem toda gente pode ler, mas agora assistindo podem compreender o que quero transmitir”, declarou.

Por sua vez, o reitor da Universidade Eduardo Mondlane referiu que a peça é uma demonstração daquilo que a academia pode fazer.

 

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