Com o objectivo de aumentar a consciência dos diversos actores acerca da importância do engajamento masculino nas intervenções para eliminar a violência contra mulheres e raparigas, Elucidar os participantes acerca dos fundamentos da abordagem de engajamento masculino em programas para eliminação da Violência Contra Mulheres e Raparigas (VCMR) e Partilhar casos de sucesso e estratégias de engajamento masculino identificados em programas para eliminação da VCMR, a Coligação para Eliminação das Uniões Prematuras (CECAP), secretariada pela AMODEFA, realizou, entre os dias 19 e 20 do corrente mês de Abril, a formação de 40 activistas nas componentes de Gênero e Masculinidade.
Através da CECAP está a ser implementado em todo território nacional o projecto “Promoção colectiva transformadora do género para a abordagem das uniões prematuras e avançar os direitos das raparigas”, por sinal uma parceria entre a missão e a visão do Programa Global da UNFPA-UNICEF para erradicar as uniões prematuras.
Foi à margem do projecto supracitado que a Coligação para Eliminação das Uniões Prematuras realizou uma formação para 40 activistas da AMODEFA nos componentes de Gênero e Masculinidades.
Durante os dois dias da capacitação foram partilhados conteúdos temáticos de gênero e masculinidades o que de, certa forma, permitiu para que os participantes pudessem perceber a importância da integração na abordagem os participantes pudessem ver a extrema necessidade de integração da abordagem de envolvimento masculino, engajamento de Rapazes e Homens, em suas estratégias de intervenção comunitária, de modo que estes contribuam na desmistificação das diferentes formas de masculinidades nocivas.
Se por um lado, ao longo da formação os activistas perceberam que é imprescindível o engajamento dos rapazes e homens na desconstrução das desigualdades de gênero, sendo que os mesmos precisam de ser consciencializados sobre das desigualdades de gênero e o seu papel na construção de um ambiente social que promova a igualdade e os direitos humanos das raparigas e mulheres para o bem estar social nas relações do gênero.
Por outro, os participantes reconheceram a importância da socialização, normas, valores e práticas sociais no estabelecimento de oportunidades e direitos para homens e mulheres, de como urgia a necessidade de promoção de uma educação equitativas que ajudasse a promover a igualdade de género e a desmistificar os estereótipos e formas nocivas de masculinidades e feminilidades, que vetam ao cesso e permanência de mulheres nos centros educacionais.
Depois das sessões, que tiveram exercícios em grupos para estimular a partilha de experiências de trabalho entre organizações com o claro objectivo identificar os pontos de convergência para harmonizar as estratégias e abrir espaço para planificações conjuntas, os activistas recomendaram Criação de grupos de diálogo de género na CECAP que permitam discussão e uma reflexão contínua de desmistificação das normas, valores, estereótipos de género e ideias sexistas que normatizam e naturalizem a fragilidade e incapacidade intelectual de mulheres em relação aos homens no processo de formação;
A realização de formações intensivas para a reflexão e exercícios práticos de como as Organizações membros do CECAP podem integrar uma abordagem transformativa de género em seus processos pedagógicos, desenho de metodologia e preparação dos conteúdos didático foi outra recomendação deixada pelos 40 activistas.
De referir que o projecto “Promoção colectiva transformadora do género para a abordagem das uniões prematuras e avançar os direitos das raparigas” pretende igualmente reforçar a capacidade das organizações da sociedade civil para analisar e abordar sistematicamente as causas profundas da desigualdade de género, tendo em conta o contexto e a linguagem a nível individual e sistémico.
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